Secretário do Tesouro defende reforma da Previdência no Brasil

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta terça-feira (5/8) que o debate sobre a reforma da Previdência é “difícil em qualquer lugar do mundo”, mas que é um passo necessário para o Brasil.

Reforma da previdência: desafios e necessidade

Durante o 2º Encontro do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público (CPFO), promovido pelo FGV Ibre no Rio de Janeiro, Ceron reforçou que o país tem problemas a serem enfrentados no sistema previdenciário. Ele destacou que o debate deve deixar de lado a “lógica meramente fiscalista” e focar em reformas que garantam a sustentabilidade do setor.

“Ou a gente se prepara para uma grande reforma, ou o país tem que se acostumar e tornar natural pequenas reformas da previdência e não fazer disso um grande celeuma”, declarou o secretário, lembrando que a expectativa de vida no Brasil aumenta e, por isso, reajustes precisam ser feitos gradualmente.

Contexto e desafios atuais

Segundo Ceron, o Brasil enfrenta dificuldades que exigem mudanças estruturais no sistema previdenciário, evitando que o país se acomode com ajustes pontuais ou ações esporádicas. Ele ressaltou que a sociedade brasileira “não aceita grandes movimentos” de imediato, cobrando uma abordagem mais natural e transparente, com debates amplos, pesquisas e divulgação de informações.

Reforma da Previdência de 2019 e suas implicações

A reforma previdenciária mais recente, promovida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorreu em novembro de 2019. Entre as mudanças, destacou-se a alteração nas regras de aposentadoria e no cálculo dos benefícios, atingindo tanto o regime geral quanto o serviço público.

Um dos principais pontos foi a proibição de aposentadoria apenas com base no tempo de contribuição ao INSS, exigindo agora uma combinação de fatores para concessão do benefício.

Perspectivas futuras

Para Ceron, avançar com reformas mais estruturais é fundamental para evitar que problemas fiscais se agravem e comprometam a sustentabilidade financeira do país. Ele reforçou que a implementação deve ocorrer de forma gradual e natural, apoiada por um debate amplo na sociedade.

Ainda segundo o secretário, o caminho mais sustentável passa por ajustes progressivos, que podem ser facilitados por uma maior compreensão e aceitação popular. “A discussão precisa ser naturalizada, com publicidade de boas práticas e resultados”, afirmou.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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