Sabesp amplia controle após compra da Emae por R$ 1 bilhão

A Sabesp anunciou, neste domingo (5), a aquisição do controle acionário da Emae, por R$ 1 bilhão, reforçando sua atuação na geração de energia hidrelétrica e no fornecimento de água para o abastecimento público. A operação envolve a compra de 70,1% do capital da companhia, parte dos quais eram detidos pela Eletrobras e pela Phoenix Água e Energia, controlada por Tanure.

Compra da Emae e seu histórico recente

A Emae foi privatizada em abril de 2024, quando a Phoenix adquiriu 32% das ações por R$ 1 bilhão, num negócio que contou com a participação do fundador da Ambipar, Tércio Borlenghi Junior. Em setembro do mesmo ano, a Phoenix realizou uma emissão de títulos de dívida, utilizando ações da Emae como garantia, no valor de R$ 520,15 milhões, com vencimento previsto para 2029.

Impacto da dívida e venda da fatia de Tanure

Com o não pagamento dos juros das debêntures, o controle da fatia de Tanure na Emae passou aos detentores desses títulos, que negociaram com a Sabesp. A empresa estatal, que já vinha discutindo a aquisição, concluiu o negócio em uma operação que marca sua maior participação na água e energia do estado de São Paulo.

Questões jurídicas e controvérsia

A tentativa da Phoenix de suspender a liquidação das debêntures da Emae, alegando negociações paralelas com a Sabesp e supostas irregularidades na venda, foi indeferida pelo juiz Adler Batista Oliveira Nobre, da 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O magistrado destacou que a ação buscava usar o Poder Judiciário como substituto de uma negociação privada fracassada e afirmou que a lei veda esse tipo de intervenção.

Repercussões e próximos passos

Após a decisão, a Emae teve sua fatia de Tanure transferida à Sabesp, consolidando a operação de compra e estabelecendo um novo controle na companhia. A venda foi considerada conclusiva, apesar das controvérsias jurídicas levantadas pelo fundo de Tanure, que alegou pressa na negociação sem as devidas diligências.

A medida reforça o movimento de consolidação do setor de água e energia no Brasil, com a Sabesp ampliando sua presença na geração de energia hidrelétrica e no abastecimento público. Analistas avaliam que a operação deve fortalecer o portfólio da estatal, além de gerar impactos positivos na gestão dos recursos hídricos.

Para mais detalhes sobre a decisão judicial, acesse o fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Share this content:

Publicar comentário