Rede de contatos do auditor preso pode ampliar esquema de fraude de ICMS

A cadeia de contatos do auditor fiscal Artur Gomes da Silva, preso na Operação Ícaro, pode ampliar as investigações do Ministério Público de São Paulo. A partir das provas apreendidas, promotores analisam ligações com empresas como Ultrafarma, Fast Shop e redes de conveniência, indicando possível oferecimento de benefícios ilegais a outras companhias.

Conexões e novos desdobramentos na fraude de ICMS

As apurações apontam que Artur Gomes mantinha contatos frequentes com empresários do setor de varejo e representantes de empresas que poderiam estar envolvidas no esquema de antecipação de créditos de ICMS. Entre os nomes destacados estão Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e Mário Otavio Gomes, diretor da Fast Shop, ambos presos na operação.

Relacionamento com empresas de varejo e funcionários públicos

Segundo os promotores, Artur Gomes chegou a compartilhar documentos que facilitavam a análise e aprovação de pedidos de descontos e benefícios fiscais, utilizando a identidade eletrônica da Ultrafarma para registrar ações na Secretaria de Fazenda como se fossem provenientes da própria empresa. A troca de e-mails indicam que outros serviços clandestinos também podem ter sido oferecidos a companhias não identificadas até o momento.

Implicações e próximos passos na investigação

O ex-funcionário Alberto Murakami, aposentado desde janeiro deste ano, também é apontado como colaborador no esquema, sobretudo na facilitação do ressarcimento de créditos de ICMS para empresas como a Rede 28 e a Ultrafarma. Promotores investigam se a rede de contatos de Artur Gomes atingiu outras companhias, além das já identificadas. Segundo especialistas, o valor total embolsado pelas empresas pode ultrapassar R$ 10 bilhões nos últimos três anos, embora ainda não haja um valor exato confirmado.

Até o momento, as empresas envolvidas não tiveram mandados de busca e apreensão, e a investigação permanece em fase de análise de trocas de e-mails, valores entregues a essas companhias e possíveis contatos com altos executivos de outros grupos. Os promotores continuam buscando por novas evidências que possam revelar a extensão do esquema.

Desdobramentos da operação e prisões atuais

Seis pessoas permanecem presas temporariamente, incluindo Sidney Oliveira, Otavio Gomes e Artur Gomes. A operação resultou na apreensão de dinheiro, joias e relíquias, além de manter a prisão de envolvidos suspeitos de lavar o dinheiro ilegal. As investigações continuam para apurar a participação de outras empresas e possíveis beneficiários do esquema.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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