Reajuste dos planos de saúde para 2026 deve chegar a 7,5%

Nos primeiros nove meses de 2025, as operadoras de planos de saúde tiveram um lucro líquido de R$ 17,9 bilhões, o maior desde 2018, impulsionado pelo aumento de 140% no lucro operacional.

Lucratividade recorde impacta previsão de reajustes

De acordo com dados divulgados, o cenário de alta nas receitas levou os analistas do BTG a revisarem suas projeções para o próximo ciclo de reajuste dos contratos individuais, estimado em 7,5%. O índice considera a variação de custos médico-hospitalares e o IPCA, descontada a inflação do setor.

Reajuste e correções contratuais

O índice máximo de aumento, definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), leva em conta dados dos últimos 12 meses e costuma ser aprovado entre maio e junho, valendo até o fim do período seguinte. O reajuste é aplicado de forma gradual, sempre no aniversário dos contratos, visando equilibrar os custos do setor.

Scenario do mercado de planos de saúde em 2025

A alta no lucro das operadoras reforça o crescimento do setor, apesar das tensões com reajustes e a necessidade de equilibrar receitas e despesas. Entre as maiores operadoras, a Hapvida lidera com 18% de usuários em planos individuais, seguida pela Amil, com 13%, e Prevent Senior, com 9,4%, além da Athena.

Segundo especialistas do BTG, o impacto desproporcional da Hapvida, com custos médicos 32% superiores à média de mercado, elevou a variação das despesas assistenciais, influenciando o cenário de reajustes de 2026.

Expectativas para o próximo ano

Analistas destacam que o impacto positivo na sinistralidade — índice que mede o uso dos planos pelos beneficiários — deve resultar em reajustes menores, especialmente para planos coletivos empresariais, que poderão ter correções de um dígito. Para contratos de pequenas e médias empresas, o reajuste segue uma regra de pool de risco, com o mesmo percentual para todos os beneficiários.

O crescimento do tíquete médio deve ser menor do que o registrado em 2025, e há uma expectativa de que o reajuste para planos individuais ultrapasse 7,5%, podendo chegar a 7,5% ou mais, caso os custos continuem a subir neste ritmo.

Em relação à regulação do setor, o CEO da Porto Saúde criticou a limitação dos planos em coberturas de remédios de alto custo, como o de R$ 10 milhões, destacando a necessidade de maior flexibilidade para o setor.

Para mais detalhes, acesse a fonte original do Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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