Reação internacional às tarifas de Trump afeta relação do Brasil com EUA e China
As tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros geraram respostas diplomáticas e impacto na relação do Brasil com suas maiores parcerias comerciais. O governo brasileiro acredita que o tarifaço aproxima o país da China, enquanto Pequim critica a medida de Washington.
China critica tarifas de Trump e reforça sua postura
Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, “a igualdade de soberania e a não-interferência nos assuntos internos são princípios fundamentais da Carta da ONU”. Ela afirmou que tarifas não deveriam ser usadas como ferramenta de coerção ou intimidação, em resposta às ações de Washington contra o Brasil. Desde o anúncio das novas tarifas, Pequim ainda não havia se pronunciado oficialmente, mas essa foi sua primeira manifestação pública, reforçando sua postura de defesa das normas internacionais.
Brasil vê nas tarifas uma oportunidade de aproximação com a China
O governo brasileiro avalia que o conflito provocado pelas tarifas de Trump tende a estreitar os laços do país com a China. Entre interlocutores do Planalto, há a compreensão de que a medida reforçará a cooperação política e comercial com Pequim, além de impulsionar o setor privado nacional a buscar novos parceiros internacionais, sobretudo na Ásia.
Crise diplomática após a cúpula do Brics
O anúncio de Trump ocorreu logo após a realização da cúpula do grupo Brics, na semana passada, no Rio de Janeiro. A medida das tarifas de 50% destacou-se como uma escalada na tensão entre Washington e Brasilia, que já vive uma crise diplomática. Durante o evento, Trump justificou o aumento de tarifas alegando que o grupo tentava enfraquecer o dólar e destruir o seu papel como moeda global, o que foi rejeitado pelo presidente Lula, que criticou essa intromissão na política do grupo.
Reações e impactos econômicos
Além do Brasil, outros países também sofreram retaliações tarifárias. A China, por sua vez, retaliou os Estados Unidos com aumentos de impostos sobre produtos norte-americanos, gerando uma batalha tarifária que atingiu picos de 145% para produtos chineses e 125% para Estados Unidos. Em maio, os dois países chegaram a um acordo, reduzindo as taxas para 30% e 10%, respectivamente, após negociações mediadas por Washington.
O presidente Trump afirmou que poderá manter conversas com o Brasil “em algum momento”, apesar das ameaças de tarifas massivas. Ainda assim, o impacto nas exportações brasileiras é sentido: as exportadoras vivem a incerteza do próximo embarque para os EUA, que representam uma importante janela de oportunidades comerciais.
De acordo com analistas, a postura de Washington visa enfraquecer o grupo Brics, liderado por China, Rússia, Índia, Brasil e África do Sul. “As ações tarifárias evidenciam a estratégia de pressão econômica para moldar as relações comerciais globais”, explica a especialista em política internacional, Ana Olímpio. A crise também evidenciou a luta de forças entre Pequim e Washington pelo controle do cenário geopolítico mundial.
*Com informações do G1
Para mais detalhes, acesse o link”, “Fonte.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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