Qualificação de professores é prioridade para avançar na educação brasileira

Na terça-feira, o pesquisador Martin Carnoy, da Universidade de Stanford, participou de evento na Fundação Lemann em São Paulo, onde ressaltou a necessidade de qualificar professores para que a educação brasileira avance de verdade. Segundo ele, sem professores bem treinados, o potencial da inteligência artificial (IA) na aprendizagem não será plenamente realizado.

Professores qualificados e investimentos estratégicos

Para Carnoy, o sucesso da implementação de novas tecnologias nas escolas depende, antes de tudo, de capacitação eficaz dos docentes. Ele afirma que investir mais dinheiro em áreas de baixa renda traz os maiores resultados, especialmente quando há formação adequada para os professores. “Se os trabalhadores não forem treinados para usar o novo currículo ou tecnologia, nada vai funcionar”, explica o especialista.

O estudo recente de Carnoy também aponta que, embora o Brasil tenha avançado em português até 2019, há uma desigualdade enorme entre os municípios. Estados como o Ceará se destacam por seus esforços de investimento e melhorias educacionais, demonstrando que resultados podem ser obtidos com dedicação e boa gestão.

A evolução da educação e o papel da IA

O especialista reforça que, além de infraestrutura, é fundamental ensinar às crianças a usarem a IA de forma autônoma e sofisticada. “Para realizar esse potencial, as crianças precisam aprender a lidar com a tecnologia, sob orientação de professores qualificados”, destaca Carnoy.

Ele acrescenta que, atualmente, as escolas tendem a focar na programação, mas que o mais importante é desenvolver habilidades socioemocionais, como persistência e disciplina, essenciais para o mercado de trabalho. Além disso, ensinar o uso responsável da IA e o letramento digital se tornou uma tarefa prioritária na formação cidadã dos jovens.

Desafios e perspectivas futuras na educação brasileira

Carnoy alerta que o grande desafio é preparar os estudantes para um mercado de trabalho que está em constante transformação devido à automação e à inteligência artificial. É preciso refletir sobre o que vale a pena ensinar, já que muitos empregos atuais poderão desaparecer no futuro.

Ele destaca que o Brasil ainda é fortemente dependente de setores tradicionais, como agricultura e mineração, o que limita as oportunidades de empregos digitais. Nesse cenário, a formação de professores e a melhoria da sala de aula são estratégias essenciais para dar uma guinada na qualidade da educação nacional.

Impacto da IA na educação e o papel dos docentes

Carnoy também comentou sobre o uso da IA na aprendizagem, como a ferramenta de compras com inteligência artificial que a Magalu começou a operar recentemente. Para garantir que a tecnologia seja usada de forma eficiente, é imprescindível capacitar os professores, que continuarão sendo os guias indispensáveis na formação dos estudantes.

Por fim, ele destaca que a educação cívica do futuro deve incluir não apenas o ensino de habilidades técnicas, mas também a formação de cidadãos capazes de discernir informações, combater a desinformação e usar a tecnologia para o bem comum.

Segundo Carnoy, investir na formação docente, no uso estratégico de recursos e na integração de habilidades socioemocionais será decisivo para que o Brasil possa avançar na Educação brasileira e preparar seus jovens para os desafios do século XXI. Para mais detalhes, acesse o fonte da transmissão.

tags: Educação, Tecnologia na Educação, Qualificação de Professores, Inteligência Artificial

Com informações do Jornal Diário do Povo

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