Presidente do BC defende gestão pública do Pix e destaca crescimento dos cartões

O presidente do Banco Central, Roberto Galípolo, afirmou nesta sexta-feira (6) que o Pix é uma infraestrutura crítica e deve permanecer sob gestão do órgão. Ele destacou que, ao contrário do que argumentam alguns, o meio de pagamento instantâneo não tem canibalizado os cartões de crédito ou débito, que tiveram um aumento de 20,9% de uso entre 2020 e 2024, após o lançamento do Pix.

Pix impulsiona bancarização e ampliação de serviços financeiros

Segundo Galípolo, o Pix contribuiu para a inclusão financeira ao incluir mais pessoas no sistema bancário. Essa expansão, explicou, estimulou o crescimento de outros serviços, como cartões de débito e pré-pagos. “O Pix é um legado criado pelo Banco Central e promoveu uma revolução no sistema financeiro”, afirmou durante participação no evento Blockchain.RIO, realizado no Rio de Janeiro.

Ele citou ainda novidades na plataforma, como Pix automático, Pix parcelado e Pix em garantia, enquanto reforçou que o sistema deve continuar sob administração pública. “O Pix se revela uma infraestrutura estratégica e crítica para o país, cuja gestão pelo Banco Central é fundamental para garantir sua segurança e evitar conflitos de interesse.”

Pix, ’imparável’ e indispensável para a infraestrutura nacional

Galípolo reforçou que, apesar de tentativas de oposição, a internacionalização do Pix é uma tendência irreversível. Segundo ele, a disseminação global da tecnologia está em andamento e não há como frear sua expansão, mesmo que haja resistência de alguns setores, conforme notícia do cofundador da PagBrasil.

Importância do Pix para a segurança e a inovação no sistema financeiro

Galípolo destacou que, como infraestrutura crítica, o Pix deve seguir sob gestão do Banco Central para evitar riscos ao sistema financeiro. Ele reforçou que a continuidade do controle público garante a segurança das operações e evita conflitos de interesse, especialmente nas decisões de inclusão ou exclusão de participantes.

Necessidade de fortalecimento orçamentário e inovação constante

O presidente do BC defendeu a aprovação da PEC 65/2023, que amplia o orçamento da instituição para suportar os custos crescentes com tecnologia. Em 2024, gastos com inovação representaram 42% do total das despesas primárias do Banco Central, que investe cada vez mais em novos serviços, como o Pix Automático, lançado recentemente após quase três anos de atraso.

Galípolo afirmou que é vital que o BC tenha um arcabouço legal, institucional e financeiro adequado para sustentar a inovação. “Precisamos avançar na agenda de inovação para que o Banco Central não sofra as consequências de suas próprias entregas”, afirmou, ressaltando que o compromisso é garantir sustentabilidade financeira enquanto impulsiona o desenvolvimento do sistema financeiro nacional.

Para mais informações, acesse a fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Share this content:

Publicar comentário