Presidente do Banco Central reforça importância do mandato para autonomia e resultados

O presidente do Banco Central, Roberto Galípolo, destacou nesta sexta-feira que o mandato dos diretores da instituição não serve apenas como uma garantia individual, mas sim como uma proteção para o país. Segundo ele, a presença de um mandato fortalecesse a autonomia do órgão e promova melhores resultados nas suas atribuições.

Mandato como garantia para decisões técnicas e fortalecimento institucional

Durante uma entrevista, Galípolo afirmou que os diretores do Banco Central não enfrentam um trade-off entre agir de forma técnica ou preservar seus empregos. “Nenhum diretor vê um trade off entre fazer a coisa correta, técnica, ou manter seu emprego. Todo mundo vai tomar a decisão correta, técnica, mesmo que isso possa custar o seu cargo”, declarou.

De acordo com o presidente, as melhores práticas internacionais indicam que a existência do mandato contribui para a autonomia do Banco Central e melhora os resultados de suas funções essenciais. “Se a diretoria puder tomar essas decisões técnicas preservando o seu mandato, isso fica mais forte e oferece um resultado melhor”, afirmou.

Recusa à compra do Banco Master e sigilo bancário

Questionado sobre a decisão do Banco Central de recusar a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), Galípolo explicou que o entendimento da instituição é de que tal decisão é protegida por sigilo bancário. “A decisão é protegida por sigilo bancário e não cabe ao Banco Central comentar detalhes específicos dessas operações”, disse.

Movimentos políticos e ameaça à autonomia do Banco Central

Em uma versão que evidencia o cenário de insegurança jurídica, uma série de partidos, da centro-esquerda à direita, assinou nesta semana um requerimento de urgência que visa retomar um projeto antigo, de 2021, e que, na prática, ameaça a autonomia operacional conquistada pelo BC naquele ano. A iniciativa é liderada pelo Partido Progressista (PP) e busca alterar o modelo de gestão e decisão da autarquia.

Galípolo reforçou que o Banco Central prefere permanecer alheio ao debate legislativo, mas destacou a importância de proteger a autonomia e a estabilidade da instituição frente a iniciativas que possam comprometer sua credibilidade e resultados.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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