Prejuízo dos Correios atinge R$ 2,64 bilhões no segundo semestre de 2025
Os Correios apresentaram um prejuízo de R$ 2,64 bilhões no segundo semestre de 2025, valor cinco vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a empresa acumulou um resultado negativo de R$ 553 milhões, de acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira. O resultado acumulado do primeiro semestre foi de R$ 4,37 bilhões em prejuízo.
Cenario financeiro agravado e crise interna
Segundo o balanço, a crise financeira da estatal e as dificuldades na implementação de um plano de corte de despesas contribuíram para o aumento do prejuízo. O presidente Fabiano Silva dos Santos, que entregou sua demissão ao presidente Lula em julho, permanece no cargo aguardando uma solução para a crise.
Nas notas explicativas, os Correios destacam que enfrentam restrições financeiras decorrentes de fatores externos, como a retração no segmento internacional. “As alterações regulatórias nas compras de produtos importados provocaram queda no volume de postagens e aumento da concorrência, afetando as receitas desse segmento”, afirmam.
Impacto das mudanças regulatórias e estratégias adotadas
A empresa também citou a “taxa das blusinhas”, que incide sobre produtos importados de pequeno valor, como um dos principais motivos da queda nas receitas. Para tentar reverter o cenário, os Correios implementaram um plano de recuperação que prioriza a diversificação de serviços, expansão comercial, racionalização de despesas e redução de custos operacionais, sem comprometer a universalização do serviço.
Queda na receita e desafios no setor internacional
Em todo o primeiro semestre, a receita bruta de vendas e serviços foi de R$ 8,52 bilhões, 11,3% abaixo do mesmo período do ano anterior. O segmento de postagem internacional sofreu forte impacto, arrecadando apenas R$ 815,2 milhões, uma redução de 61,3% em relação a 2024.
Perspectivas para o futuro e medidas em andamento
Os Correios continuam buscando soluções para equilibrar suas contas, apesar das restrições financeiras. O balanço aponta que serão necessárias ações estratégicas contínuas para garantir a sustentabilidade financeira da estatal e a manutenção dos serviços essenciais.
Mais detalhes podem ser conferidos na reportagem do O Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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