Preços do petróleo caem diante de tensões geopolíticas e excesso de oferta
As cotações do petróleo encerraram a sexta-feira em baixa, refletindo o impacto de tensões geopolíticas na Ucrânia e na Venezuela, além da expectativa de excesso de oferta no mercado mundial. O barril de Brent, negociado em Londres para entrega em fevereiro, recuou 0,26%, a 61,12 dólares, enquanto o WTI, com vencimento em janeiro, caiu 0,28%, a 57,44 dólares. Essas variações reforçam a instabilidade do mercado diante de fatores políticos e econômicos.
Fatores que influenciam a queda nos preços do petróleo
Segundo Barbara Lambrecht, analista do Commerzbank, “a guerra na Ucrânia e o aumento das tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos” evitam uma pressão ainda maior nos preços do petróleo. Ela destacou que esses conflitos continuam a criar incertezas, mesmo com o excesso de oferta que se mantém no mercado.
Tensões internacionais e sanções
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou frustração devido à falta de resultados nas negociações para resolver o conflito na Ucrânia. Uma possível resolução que suspenderia sanções a Moscou e interromperia os bombardeios à infraestrutura russa poderia devolver barris ao mercado, porém, as atuais sanções continuam restringindo a oferta — embora sem risco imediato de interrupção no abastecimento, conforme analistas.
Ao mesmo tempo, os EUA anunciaram novas sanções contra companhias navais na Venezuela e familiares do presidente Nicolás Maduro. Giovanni Staunovo, analista do UBS, afirmou que “por enquanto, o mercado não prevê risco de interrupção do abastecimento”, apesar das sanções.
Perspectiva de excesso de oferta e impacto da Opep
A expectativa de um excesso de oferta de petróleo, alimentada pelo aumento das cotas de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) desde abril, permanece elevada. A organização confirmou, em sua última reunião, que não pretende aumentar a produção no primeiro trimestre de 2026, mantendo assim uma oferta que pressiona os preços para baixo, de acordo com especialistas.
Essa política de aumento da oferta, aliada às tensões geopolíticas, contribui para a tendência de queda nos preços, mesmo com a potencial recuperação da demanda em alguns mercados. A combinação de fatores sinaliza um cenário de volatilidade contínua na commodity nos próximos meses.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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