Preços do petróleo caem com acordo de cessar-fogo em Gaza

Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (9), impulsionados pelo anúncio do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza, além de uma expectativa de que a produção global de petróleo deverá superar a demanda nos próximos meses. O Brent do Mar do Norte, com entrega em dezembro, caiu 1,56%, cotado a US$ 61,51 o barril. Já o WTI, com vencimento em novembro, recuou 1,66%, para US$ 61,50, segundo dados do mercado internacional.

Acordo de cessar-fogo e suas implicações para o mercado de petróleo

Israel e Hamas assinaram, nesta quinta-feira, a primeira fase de um acordo para um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns, após forte pressão do presidente americano, Donald Trump. De acordo com analistas, esse avanço melhora a percepção de estabilidade na região, reduzindo o prêmio de risco do mercado de petróleo.

“Uma parte do prêmio de risco desaparece do mercado”, afirmou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. Apesar disso, o mercado permanece atento ao impacto do conflito no abastecimento global, uma vez que Israel não é um grande produtor de petróleo, minimizando os temores de interrupções na oferta.

Perspectivas de impacto na oferta e na demanda

Segundo Arne Lohmann Rasmussen, analista da Global Risk Management, os operadores esperam que o acordo motive os rebeldes iemenitas huthis a cessar ataques contra barcos ocidentais no Mar Vermelho, o que poderia possibilitar o uso do Canal de Suez novamente e facilitar o transporte de petróleo. Caso a paz se estabilize, especialistas como Claudio Galimberti, da Rystad Energy, acreditam que o impacto na redução dos preços tende a ser mais estrutural e duradouro na economia.

Por outro lado, o mercado também monitora a produção de países como a Arábia Saudita e a Rússia, que têm potencial para aumentar a oferta. “Se a paz for estável e confiável, seu impacto na redução dos preços será mais profundo e de longo prazo”, explicou Galimberti.

Ferramentas de análise indicam que, mesmo com o acordo, as oscilações nos preços continuarão sensíveis às variáveis geopolíticas e às condições de mercado global. A expectativa é que, até o momento, o mercado responda principalmente à melhora na perspectiva de estabilidade regional.

Para mais informações, confira a matéria completa no site do Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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