Preços ao consumidor caem mais de o esperado na China em setembro

Os preços ao consumidor na China tiveram queda de 0,3% em setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, divulgou nesta quarta-feira (15) o Escritório Nacional de Estatísticas. A queda foi maior do que a esperada pelos economistas ouvidos pela Bloomberg, que previam uma redução de 0,2%, mas menor do que a registrada em agosto, de 0,4%.

Desafios econômicos puxados pela guerra comercial

A economia chinesa enfrenta dificuldades desde a pandemia de Covid-19, com exportações fracas e consumo interno baixo. As tensões internacionais, especialmente a guerra comercial com os Estados Unidos, intensificaram esse cenário, dificultando a recuperação do país.

Consequências da deflação para a economia chinesa

Embora a redução de preços seja bem vista pelos consumidores, a deflação é considerada um fenômeno perigoso, pois pode estimular as famílias a adiar compras na expectativa de que os preços caiam ainda mais. Segundo especialistas, esse comportamento pode desacelerar ainda mais o economia do gigante asiático.

Perspectivas e possíveis medidas econômicas

O Fundo Monetário Internacional destacou que um reequilíbrio no foco do crescimento rumo ao consumo, apoiado por medidas fiscais, poderia ajudar Pequim a controlar a ameaça deflacionária. Essa estratégia poderia envolver estímulos econômicos para mitigar o efeito da pressão deflacionária e promover a recuperação do consumo interno.

Repressões e retaliações internacionais

O momento também é marcado por tensões políticas e comerciais, como as ameaças de Trump à China por questões relacionadas à soja e trocas de “tapas” entre os dois países, além de retaliações chinesas aos Estados Unidos com sanções a grupos navais, ampliando a disputa marítima. Mais detalhes sobre essas disputas podem ser conferidos na matéria do Globo.

Impacto no cenário global

Segundo dados divulgados pelo FMI, a situação econômica da China reforça a necessidade de políticas que incentivem o crescimento do consumo interno. A pressão deflacionária pode afetar as cadeias globais de produção e comércio, considerando o peso do país na economia mundial.

Segundo análises recentes, uma estabilização na inflação e uma recuperação do consumo interno serão essenciais para evitar uma desaceleração mais profunda da segunda maior economia do mundo, além de um impacto negativo na economia global.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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