Poupança registra saída líquida de R$ 7,6 bilhões em agosto, maior desde 2023
A caderneta de poupança no Brasil apresentou uma saída líquida de R$ 7,6 bilhões em agosto, conforme dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira (5/9). No mês, os depósitos totalizaram R$ 346,8 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 354,4 bilhões, marcando a maior captação líquida negativa para meses de agosto desde 2023.
Desempenho da poupança em 2024 e tendências atuais
Apesar do resultado negativo em agosto, o saldo acumulado da poupança em 2024 permanece positivo, com uma captação líquida de R$ 15,5 bilhões. Em 2023, o saldo final ficou R$ 4,17 trilhões, enquanto os saques superaram os depósitos em R$ 4,21 trilhões ao longo do ano. O resultado do ano passado foi o melhor dos últimos quatro anos, após uma saída histórica de R$ 87,8 bilhões em 2023, a segunda maior da série iniciada em 1995.
Panorama de saques e depósitos na poupança em 2025
A saída líquida na poupança neste ano totaliza R$ 63,5 bilhões, valor bastante superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando os saques superaram os depósitos em R$ 4,1 bilhões. O mês de janeiro liderou as retiradas, com R$ 26,2 bilhões, enquanto junho destacou-se por registrar o maior depósito, com entrada líquida de R$ 2,1 bilhões.
Desde o início de 2025, os aportes na poupança somam R$ 2,79 trilhões, ao passo que as retiradas totalizam R$ 2,85 trilhões. O estoque total investido na caderneta chegou a R$ 1,018 trilhão, permanecendo acima de R$ 1 trilhão pelo 15º mês consecutivo. Em agosto de 2024, esse valor era de R$ 1,03 trilhão, pouco abaixo dos R$ 1,020 trilhão do mesmo mês do ano passado.
Detalhes do movimento de agosto de 2025
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou uma saída líquida de R$ 4,67 bilhões em agosto, enquanto a poupança rural também apresentou retirada de R$ 2,88 bilhões no mesmo período.
Causas e perspectivas para a poupança brasileira
Especialistas indicam que a persistente saída de recursos da poupança pode estar relacionada às altas taxas de juros e às incertezas econômicas, levando os brasileiros a preferirem outros tipos de investimentos ou a manterem maior liquidez em suas reservas financeiras. Segundo o Banco Central, o comportamento de saques mais intensos nos meses recentes também aponta para maior cautela na administração financeira dos brasileiros.
De acordo com o relatório do Metropoles, essa tendência deve continuar nos próximos meses, impactando o saldo total da poupança e influenciando o comportamento do mercado financeiro.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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