PMEs investem em benefícios para atrair talentos sem elevar custos
Com o mercado de trabalho aquecido e a escassez de mão de obra qualificada, pequenas e médias empresas (PMEs) têm buscado estratégias para atrair e reter talentos. Uma das principais iniciativas tem sido a oferta de benefícios corporativos diversificados, muitas vezes através de pacotes de bancos e empresas especializadas, que reduzem custos em até 50% e facilitam a gestão de recursos humanos.
Benefícios personalizados: estratégia de atração e retenção nas PMEs
As PMEs representam 55% dos trabalhadores com carteira assinada no Brasil, mas enfrentam limitações financeiras em comparação às grandes corporações, que possuem estruturas de RH mais robustas e acesso facilitado a crédito. Para compensar essa disparidade, muitas dessas empresas têm investido em benefícios que possam oferecer maior atratividade sem aumentar demais as despesas, como vales flexíveis, planos de saúde acessíveis e programas de bem-estar.
Casos práticos de sucesso
Um exemplo é a catarinense Toko Food Service, que fornece alimentos para o setor de alimentação. A empresa contratou o Itaú para oferecer aos seus 150 funcionários benefícios como tíquete flexível, que pode ser usado em estabelecimentos diversos, além de acesso a academias via Wellhub. Segundo o gerente-geral, Almir Blogoslawski, essa estratégia foi fundamental para reduzir a rotatividade, que chegou a 54% no ano passado nas posições de entrada, como atendentes e auxiliares de estoque.
Desde a implementação dos benefícios e de um sistema de gestão online de RH, a rotatividade caiu para 44%, mostrando o impacto positivo na estabilidade do quadro de colaboradores. “Queríamos melhorar com uma solução mais econômica, com benefícios que realmente tenham valor para os funcionários”, explica Almir.
Aspectos da gestão de benefícios e vantagens竞争enciais
Além de oferecer benefícios mais diversificados, as PMEs têm contado com o suporte de bancos e plataformas especializadas para centralizar e otimizar essa gestão. Segundo Bruno Machado, diretor do Itaú Empresas, a estratégia é atuar como intermediários, oferecendo pacotes ajustados à realidade dos pequenos negócios — incluindo seguros de vida, planos de saúde, programas de bem-estar e telemedicina — com descontos que podem chegar a 50%.
Instituições financeiras como Bradesco e Banco do Brasil também oferecem soluções voltadas para esse mercado, facilitando o acesso a benefícios como cartões multibenefícios, telemedicina e programas de saúde. A presidente da ABRH-RJ, Renata Filardi, afirma que esses pacotes aumentam a competitividade das pequenas empresas, contribuindo para redução de custos com rotatividade, absenteísmo e recrutamento, além de melhorar a produtividade.
Desafios e oportunidades
Apesar do crescimento no setor de benefícios, muitas PMEs ainda enfrentam dificuldades estruturais, como a falta de um RH bem desenvolvido, o que torna a implantação e gestão desses programas mais complexa. Entretanto, a possibilidade de o funcionário crescer junto com o negócio é um diferencial importante. Segundo Enio Pinto, do Sebrae, a oportunidade de ascensão dentro da própria empresa costuma ser um fator decisivo na retenção de talentos.
De acordo com especialistas, a busca por benefícios mais inovadores e integrados deve continuar em alta, sobretudo com o avanço das plataformas digitais. A tendência é oferecer pacotes cada vez mais completos, que combinem saúde, bem-estar, educação e oportunidades de crescimento profissional, criando um ambiente mais atrativo para os trabalhadores e competitivo para as PMEs.
Para mais informações, acesse o artigo completo no O Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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