Pix lidera 50% das transações de pagamento no Brasil em 2025

Dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (10/11) revelam que o Pix foi responsável por 36,9 bilhões de operações de pagamento, representando um crescimento de 27,6% em relação ao mesmo período de 2024. Ao todo, as transações realizadas no Brasil somaram 72,5 bilhões, movimentando R$ 59,7 trilhões entre janeiro e junho.

Dominância do Pix no sistema de pagamentos

Desde seu lançamento em 2020, o Pix se firmou como a principal ferramenta de pagamento no país. Atualmente, ele responde por 50,9% de todas as operações financeiras, tendo crescido significativamente em volume e valor financeiro.

Entre as transações pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), operado pelo Banco Central, 45% ocorreram entre pessoas físicas, enquanto 42,1% envolveram consumidores e empresas. Pagamentos por parte de empresas representaram 12,5%, e operações envolvendo entes do governo, 0,4% das transações.

Alternativa ao dinheiro físico e expansão do Pix Saque

O uso do Pix também tem substituído cada vez mais o dinheiro em espécie. O Pix Saque, mecanismo que permite saques em caixas eletrônicos via Pix, cresceu 36,2% e atingiu 7,7 milhões de transações no primeiro semestre de 2025.

Cartões de crédito e pagamentos digitais continuam em alta

O mercado de cartões apresenta crescimento em todas as modalidades, com destaque para o crédito, que aumentou 9,7%, e o pré-pago, com alta de 8,9%. Os cartões de débito permaneceram praticamente estáveis. Em conjunto, esses instrumentos responderam por 34,3% do total de transações realizadas no semestre.

O uso da tecnologia de aproximação (paypass e NFC) também mantém alta adesão, com 63,2% das operações com cartões pré-pagos, 37,5% com cartões de crédito e 47,2% com débito sendo feitas por essa via.

Compras online e pagamentos recorrentes

As transações pela internet também cresceram, representando 21,9% do total de pagamentos com cartão de crédito no segundo trimestre de 2025, um aumento em relação a 2024. Pagamentos recorrentes, como assinaturas, ganharam destaque, atingindo 10,2% das operações na modalidade de crédito, ante 6,5% no mesmo período do ano passado.

Volume financeiro do TED supera o do Pix

Apesar do domínio em quantidade de transações, as transferências via TED continuam respondendo pelo maior volume financeiro, com 37,1% do valor total movimentado no semestre. O Pix aparece logo atrás, com 26,5%.

Outros instrumentos tradicionais, como boletos bancários, cresceram 4,6%, representando 8,1% do volume, enquanto o uso do cheque diminuiu 16,5%, somando apenas 0,6% do valor total.

Tarifas de operações e mudança de comportamento

As tarifas de intercâmbio (TIC) permanecem próximas aos limites estabelecidos pelo Banco Central, sendo de 0,50% para débito, 0,70% para pré-pago e 1,68% para crédito, este último em leve aumento devido à expansão de cartões premium como platinum e black. Atualmente, há 58,3 milhões desses cartões ativos no país, crescimento de 16,7% em relação a 2024.

Simultaneamente, as taxas de desconto cobradas dos lojistas tiveram redução, com crédito passando de 2,32% em 2023 para 2,16% em 2025, e débito de 1,14% para 1,08% no mesmo período.

Queda no uso do dinheiro físico

O uso de dinheiro em espécie segue em declínio, com recuo de 12,7% em saques tradicionais no semestre. Os canais de retirada também registraram quedas: agências e postos (-18,2%), caixas eletrônicos (-13,2%) e correspondentes bancários (-11,1%).

Esses números reforçam a mudança dos consumidores brasileiros, que cada vez mais preferem transações digitais, rápidas e sem contato físico com o dinheiro.

Para mais detalhes, consulte a publicação do Banco Central: Fonte.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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