Pix internacional mira desafiar o duopólio Visa-Mastercard, diz especialista

A PagBrasil, empresa veterana no setor de pagamentos, anunciou uma estratégia de expansão internacional do Pix, a plataforma de transferências instantâneas criada pelo Banco Central do Brasil. Em entrevista exclusiva, Alex Hoffmann, cofundador da companhia, afirma que o potencial do Pix para competir globalmente está em plena evolução, mesmo em meio a resistências de gigantes do setor.

Pix nos EUA e além: uma expansão internacional

Na semana passada, em parceria com a Verifone, gigante americana de maquininhas, a PagBrasil lançou uma solução que permite pagar com Pix no varejo dos Estados Unidos. Segundo Hoffmann, essa iniciativa já funciona em países como Argentina, Chile, México e na Europa, incluindo Portugal e Espanha. “O Pix vem ganhando reconhecimento internacional, e nossa tecnologia conecta o sistema a bancos de diferentes países, facilitando seu uso por estrangeiros”, explica.

Adaptação às realidades regionais

Segundo Hoffmann, o esforço visa criar uma infraestrutura de pagamento regional que possa se conectar a outros hubs globais, formando uma rede de pagamento descentralizada. “O mundo é muito diverso para depender de soluções monopolizadas como Visa e Mastercard. O Pix, ao se consolidar regionalmente, pode se tornar uma peça-chave na construção de uma infraestrutura de pagamentos global”, avalia.

O impacto do Pix na economia global

Para o especialista, o sistema brasileiro oferece vantagens como menor custo de transação e maior velocidade, o que pode mudar o cenário mundial de pagamentos. Hoffmann destaca que, apesar da resistência de bancos tradicionais e de algumas regulações, a trajetória do Pix é imparável. “Toda essa agenda de políticas de governo e inovação acelera a busca por alternativas”, afirma.

O desafio dos vazamentos e a segurança

Questionado sobre os recentes vazamentos de dados, Hoffmann reforça que os incidentes ocorreram por vulnerabilidades de terceiros e não do sistema Pix em si. “O Pix é um sistema rápido, seguro e que já se provou ao longo de cinco anos de operação”, complementa.

Perspectivas futuras e o papel do Pix globalmente

Embora Hoffmann não acredite que o Pix venha a substituir sistemas locais como o UPI na Índia, ele aposta na formação de uma infraestrutura integrada por hubs regionais, que podem se conectar a outros. “Essa união regional pode assegurar uma alternativa ao duopólio americano”, conclui. A reação de bancos tradicionais, embora forte, não deve impedir o avanço do sistema brasileiro.

Para saber mais detalhes da entrevista e os planos de expansão do Pix, acesse o artigo na íntegra.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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