Petróleo dispara após ataques dos EUA ao Irã e ameaça de retaliação
O preço do petróleo Brent disparou nesta sexta-feira (22), chegando a subir até 5,7% na abertura dos negócios, atingindo US$ 81,40 por barril, após os Estados Unidos atacarem instalações nucleares do Irã e ameaçarem novas ações militares. A ação, que visa o enfraquecimento do programa nuclear iraniano, elevou o temor de que o conflito possa afetar o fornecimento global de petróleo e gás na região.
Escalada de tensões no Oriente Médio e impacto no mercado
O ataque americano atingiu instalações em Fordow, Natanz e Isfahan, aumentando o “prêmio de risco” nos contratos futuros de petróleo, ou seja, o custo extra de proteção contra possíveis interrupções na oferta. Segundo agentes de mercado, a incerteza sobre a resposta do Irã e a possibilidade de fechamento do Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 20% da produção mundial de petróleo — assustam investidores e elevam os preços.
O parlamento do Irã já sinalizou a possibilidade de fechar o estreito como retaliação, embora essa decisão dependa do líder supremo, Aiatolá Khamenei, que ainda não confirmou a ação.
Ameaças e possíveis consequências para o mercado mundial de petróleo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os ataques “destruíram completamente” três instalações nucleares no Irã e deixou claro que novas ações podem ocorrer se Teerã não demonstrar interesse em negociações de paz. Em resposta, o Irã alertou que tais ataques podem trazer “consequências eternas”.
Especialistas avaliam que a escalada do conflito pode elevar o preço do petróleo a US$ 100, caso o Irã decida responder às ações militares. Saul Kavonic, analista de energia da MST Marquee, explica que “isso pode nos colocar em um caminho para o petróleo a US$ 100, se o Irã responder como já ameaçou anteriormente”.
Riscos adicionais e o papel da região na oferta mundial de petróleo
O cenário de hostilidades aumenta o risco de o Irã atacar infraestrutura de outros países do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Iraque ou Emirados Árabes Unidos. Essas ações podem provocar uma redução significativa na oferta de petróleo e elevar ainda mais os preços globais.
Além disso, há o risco de o Irã tentar fechar o Estreito de Ormuz em represália às ações militares, o que afetaria o transporte de uma quinta parte da produção mundial. O parlamento iraniano já pediu o fechamento do estreito, embora a decisão dependa da aprovação do líder supremo.
Perspectivas futuras e influência no mercado global
O mercado de petróleo permanece em alerta desde a semana passada, quando Israel atacou o Irã, elevando contratos futuros e as taxas de frete. Os analistas alertam que, se as hostilidades se intensificarem, o preço do petróleo pode subir ainda mais, com impactos inflacionários ao redor do mundo.
O cenário atual reforça o papel estratégico da Opep+ — grupo que inclui grandes produtores como países árabes e a Rússia — que tem aumentado sua produção para evitar uma crise maior. Ainda assim, uma escalada do conflito pode levar esses países a acelerar o aumento da oferta para estabilizar os preços.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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