Petrobras descarta distribuição de dividendos extraordinários em 2025

Durante teleconferência de resultados do segundo trimestre, Fernando Melgarejo, diretor de Relações com Investidores da Petrobras, afirmou que a possibilidade de distribuir dividendos extraordinários depende de excesso de caixa superior às necessidades operacionais da companhia. Segundo ele, isso só é viável se houver geração de caixa suficiente para cobrir investimentos, gastos operacionais e ainda sobrar recurso.

Impacto do preço do petróleo na distribuição de dividendos

Melgarejo destacou que, apesar da evolução na quantidade de petróleo produzida, o preço mais baixo vem dificultando essa perspectiva. “Se o preço continuar nesse patamar, as chances de pagamento de dividendos extraordinários em 2025 são menores”, afirmou o executivo, reforçando que a situação é influenciada por duas variáveis principais: preço e quantidade de petróleo.

Resultado do segundo trimestre e distribuição de dividendos

Nesta semana, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 8,66 bilhões em dividendos ordinários referentes ao segundo trimestre de 2025. Do total, o governo federal ficará com aproximadamente 28,67%. Nos três primeiros meses do ano, a estatal já havia distribuído R$ 11,72 bilhões, valor abaixo das expectativas do mercado.

Reação do mercado e perspectivas futuras

Após o anúncio, as ações da Petrobras caíram na Bolsa, efeito atribuído a resultados abaixo do esperado. Melgarejo explicou que, embora a reação tenha sido passageira, ela foi motivada por fatores não recorrentes, como despesas operacionais relacionadas ao Acordo de Individualização da Produção da Jazida Jubarte, que somaram R$ 3,849 bilhões, além de impairment de ativos no valor de R$ 1,041 bilhão.

“O mercado deve se recuperar rapidamente, pois estamos em uma fase de recomposição de reservas e aumento de produção”, afirmou o executivo, destacando o esforço da companhia para adaptação às condições atuais do mercado de petróleo.

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Com informações do Jornal Diário do Povo