Petrobras bate recordes e sobe mais de 10% em meio à guerra de Israel e Hamas

A Petrobras tem quebrado recordes em plena crise dos mercados globais. A empresa nesta quinta-feira (19) atingiu o maior valor de mercado em seus 70 anos de história, alcançando R$ 525 bilhões. A marca supera o pico atingido há cerca de um ano, quando em 21 de outubro de 2022 a empresa valia R$ 520,6 bilhões. O levantamento foi feito pelo consultor Einar Rivero, especialista em dados financeiros.

“O que torna a conquista da Petrobras ainda mais notável é o fato de que, apesar das distribuições em dividendos, o preço das ações preferenciais (PN – PETR4) atingiu seu maior valor histórico, chegando a R$ 38,52, assim como as ações ordinárias (ON – PETR3), com um valor de R$ 41,56”, destaca o especialista.

Foi graças à alta da Petrobras no pregão que o tombo do Ibovespa na véspera não foi maior. Enquanto PETR3 teve alta de 2,34%, PETR4 avançou 2,26%. A estatal foi beneficiada pela alta ao redor de 2% nos preços do petróleo no mesmo dia, com o barril do tipo Brent, cotado em Londres, indo além da marca de US$ 90.

Aliás, a recente ascensão da commodity em direção às máximas do ano ajuda a sustentar os ativos correlacionados em alta. “Empresas petrolíferas como a Petrobras estão se beneficiando diretamente da alta do preço do petróleo. Isso acontece porque esse aumento eleva as receitas previstas da empresa, melhorando as expectativas de lucratividade”, explica Lucas Almeida, sócio da AVG Capital.

Em alusão à célebre frase que diz que “em tempos de crise, enquanto uns choram, outros vendem lenço”, pode-se dizer que a Petrobras (PETR3; PETR4) tem seguido à risca o pensamento do fim dos anos 90 do publicitário Nizan Guanaes, que atravessou décadas e impacta profundamente o mundo financeiro no século 21. Afinal, a estatal petrolífera tem quebrado recordes em plena crise dos mercados globais.


Na quarta-feira (18), a Petrobras atingiu o maior valor de mercado em seus 70 anos de história, alcançando R$ 525 bilhões. A marca supera o pico atingido há cerca de um ano, quando em 21 de outubro de 2022 a empresa valia R$ 520,6 bilhões. O levantamento foi feito pelo consultor Einar Rivero, especialista em dados financeiros.

Segundo ele, o cálculo é feito com base no preço da ação na data informada, multiplicado pela quantidade de ações em circulação no mesmo dia. Rivero lembra que, nos últimos três trimestres, a Petrobras distribuiu R$ 73,8 bilhões em dividendos, o que normalmente reduz o valor de mercado da empresa.

“O que torna a conquista da Petrobras ainda mais notável é o fato de que, apesar das distribuições em dividendos, o preço das ações preferenciais (PN – PETR4) atingiu seu maior valor histórico, chegando a R$ 38,52, assim como as ações ordinárias (ON – PETR3), com um valor de R$ 41,56”, destaca o especialista.

Foi graças à alta da Petrobras no pregão que o tombo do Ibovespa na véspera não foi maior. Enquanto PETR3 teve alta de 2,34%, PETR4 avançou 2,26%. A estatal foi beneficiada pela alta ao redor de 2% nos preços do petróleo no mesmo dia, com o barril do tipo Brent, cotado em Londres, indo além da marca de US$ 90.

Aliás, a recente ascensão da commodity em direção às máximas do ano ajuda a sustentar os ativos correlacionados em alta. “Empresas petrolíferas como a Petrobras estão se beneficiando diretamente da alta do preço do petróleo. Isso acontece porque esse aumento eleva as receitas previstas da empresa, melhorando as expectativas de lucratividade”, explica Lucas Almeida, sócio da AVG Capital.

“Quando os preços do petróleo aumentam, as empresas que exploram, produzem ou vendem petróleo podem vender seu produto por um preço mais alto. Isso aumenta as receitas e, potencialmente, os lucros, com os custos não aumentando na mesma proporção”

Tanto que no acumulado do mês, as ações da Petrobras acumulam valorização de mais de 10%. A companhia, inclusive, vem sendo pressionada pelo repasse de custos aos preços finais dos combustíveis. O próprio presidente da companhia, Jean Paul Prates, não descarta um reajuste na gasolina e no diesel.

Ao mesmo tempo, o comportamento da ação da companhia também reflete o recorde de produção anunciado na última segunda-feira (16). Ao final do terceiro trimestre deste ano, a Petrobras produziu quase 4 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia, uma alta de 8% ante o trimestre anterior, com a entrada da operação de novas plataformas em campos do pré-sal.

Considerando-se apenas o mês de setembro, a produção também foi recorde, o que inclui a operação nas camadas mais profundas. Em reação ao anúncio, analistas do JPMorgan e do Bradesco BBI revisaram para cima as projeções de desempenho financeiro e operacional da Petrobras, inclusive em termos de dividendos.

Como pano de fundo de tudo isso está a guerra na Faixa de Gaza declarada por Israel desde o ataque do Hamas no último dia 7. O conflito teve efeito imediato sobre o petróleo, o que elevou as expectativas de o preço ultrapassar a barreira psicológica de US$ 100, ampliando as incertezas em relação aos impactos na inflação sobre as decisões de juros do Federal Reserve e de cortes na taxa Selic.

Para ele, a indefinição do cerco militar à Faixa de Gaza tende a manter os ganhos expressivos da Petrobras, reafirmando alocação nas ações. Contudo, Perfeito sugere cautela nesta posição e prevê que parte dos ganhos recentes tendem a ser embolsados. “Afinal, afinal o petróleo só vai ‘explodir’ caso a guerra se espalhe”, ressalta.

O economista comenta a análise de que, por mais que o embate entre Israel e Hamas esteja longe do fim, ainda não há sinais de que outras nações da região irão se envolver no conflito. Ao mesmo tempo, porém, Perfeito rejeita a aposta recente do mercado, de que a guerra será localizada e com uma solução rápida. “Este não deve ser o caso”, completa.

Na mesma linha, o presidente da Petrobras admitiu que se o conflito se alastrar pelo mundo árabe, envolvendo países produtores de petróleo, pode ocorrer uma “tempestade perfeita”. As declarações foram feitas na quarta (19), após Prates se reunir com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

Com informações do infomeney.com.br

Share this content:

Publicar comentário