PBOC mantém política cautelosa e reforça foco na estabilidade da China

O Banco do Povo da China (PBOC), equivalente ao banco central do país, reafirmou nesta quarta-feira (24) sua postura de apoio à expansão do consumo na China, ao mesmo tempo em que sinalizou cautela contínua em relação a estímulos econômicos agressivos. A instituição destacou a importância de garantir a estabilidade de longo prazo, priorizando políticas contracíclicas para evitar desequilíbrios estruturais.

Política monetária focada na estabilidade

Segundo comunicado divulgado após a reunião do comitê de política monetária do quarto trimestre, o PBOC orientará os custos de empréstimos para que permaneçam em níveis baixos, reforçando o compromisso de manter uma liquidez “ampla”, porém preocupada com a qualidade e eficiência. Apesar do otimismo em relação à expansão econômica, a declaração não mencionou cortes nas taxas de juros nem no compulsório bancário, sinalizando uma postura cautelosa.

O banco central reiterou que utilizará múltiplos instrumentos de política monetária e continuará avaliando a força da economia, seu ritmo e o momento oportuno para possíveis ajustes. Além disso, o PBOC reforçou seu compromisso de manter o valor do yuan em um nível razoável e equilibrado, evitando movimentos excessivos.

Contexto de fraqueza na demanda doméstica

Apesar do discurso de estabilidade, o cenário chinês apresenta sinais de fraqueza na demanda interna. As vendas no varejo do último mês cresceram na velocidade mais lenta desde o colapso provocado pela Covid-19, em 2020. O investimento em ativos fixos também caminha para a primeira queda anual desde o início da série histórica, em 1998, agravada pela escassez de financiamento para infraestrutura.

O comitê afirmou que continuará avaliando a implementação das políticas econômicas com base na evolução das condições internas e externas, sempre buscando manter a estabilidade do yuan. Além disso, destacou a necessidade de proteger as margens bancárias, que vêm encolhendo, para fortalecer a resiliência do sistema financeiro.

Perspectivas futuras e desafios

A postura adotada pelo Banco do Povo da China reflete preocupações com o fortalecimento de sinais de desaceleração econômica, apesar do esforço para evitar estímulos excessivos que possam gerar desequilíbrios estruturais. Economistas apontam que a continuidade da cautela pode limitar a magnitude de estímulos no curto prazo, mas é uma estratégia de preservação de longo prazo.

Para saber mais sobre os movimentos do Banco do Povo da China e suas implicações globais, acesse a fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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