Passaportes argentinos com defeito afetam residentes no exterior

Milhares de passaportes argentinos, emitidos pelo Registro Nacional de Pessoas (Renaper), com defeito foram entregues a cidadãos no exterior pelo Consulado em São Paulo. O problema, causado por uma falha na tinta de segurança utilizada na impressão, só é detectado por equipamentos de leitura em postos migratórios, o que tem impedido viagens, segundo fontes consultadas pelo jornal La Nación.

Detalhes do problema e extensão da falha

As fontes do governo argentino confirmaram que o erro foi provocado por uma tinta de segurança fornecida por uma empresa alemã, que fornece as máquinas de impressão há 12 anos. A falha, invisível ao olho humano, é detectada apenas por escâneres especializados. Segundo o Renaper, todos os lotes afetados foram retirados de circulação, e a situação está sob controle há semanas, com a produção normalizada.

Quantos documentos podem estar impactados?

O deputado Esteban Paulón, da coalizão Hacemos por Nuestro País, apresentou um pedido de informações e denunciou que o número de passaportes com defeito pode ser maior do que os 5.500 oficialmente admitidos pelo governo. “Na Argentina, ainda não começou a comunicar as pessoas afetadas”, alertou Paulón, lembrando que há mais de 60 mil passaportes da série “AAL” potencialmente afetados. Ele criticou a falta de transparência e anunciou que fará uma nova solicitação ao governo na próxima segunda-feira (8).

Situação no exterior e medidas adotadas

Além do consulado de Montreal, no Canadá, que também entregou documentos com o mesmo problema e notificou os afetados por telefone, o caso demonstra que a falha não se limita ao Brasil. Em resposta ao problema, o Renaper coordena com a Migrações e o Itamaraty para assegurar que cidadãos que identificarem a falha possam receber uma nova via do documento, garantindo o livre trânsito.

Como identificar e o que fazer em caso de falha

Embora a falha seja invisível ao olho humano, os passaportes afetados pertencem às séries “AAL” com os números que variam de AAL314778 até AAL346228, AAL400000 até AAL607599 e AAL616000 até AAL620088. Caso o documento apresente a falha ao ser utilizado, o próprio consulado ou a autoridade argentina solicitará que o usuário devolva o passaporte para a substituição, sem custos adicionais.

Implicações para a segurança e o trânsito

O problema levanta preocupações sobre a segurança do passaporte argentino, que atualmente garante entrada sem visto em pelo menos 170 países. Segundo o governo, uma falha nesse nível pode representar riscos, especialmente se documentos inválidos forem utilizados para embarque; por isso, a substituição é prioridade.

Em casos de dúvidas, os cidadãos podem solicitar passaportes de emergência, e os afetados receberão notificações por parte do consulado ou do órgão responsável. Ainda assim, há uma preocupação maior com a totalidade do impacto e possíveis documentos não detectados.

Perspectivas futuras e andamento do caso

O deputado Paulón destacou que a situação ainda gera insegurança e que a denúncia busca pressionar o governo a fornecer informações completas. Ele também pediu esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo tomadas para evitar novos problemas similares no futuro. O governo informou que há protocolos para evitar danos à segurança dos cidadãos, mas o número exato de documentos afetados ainda não está totalmente apurado.

O episódio reforça a importância da transparência na gestão de documentos oficiais, especialmente aqueles que garantem o acesso ao exterior. A expectativa é que os esforços do governo argentino resultem na atualização rápida dos passaportes e na reposição dos documentos defeituosos.

Fonte

Com informações do Jornal Diário do Povo

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