Orange compra participação restante na MasOrange por US$ 4,9 bilhões
A Orange anunciou nesta sexta-feira (31) a aquisição da participação restante de 50% na joint venture espanhola MasOrange por cerca de US$ 4,9 bilhões, consolidando a propriedade total da operadora no segundo maior mercado europeu. A operação depende de aprovações regulatórias e deve ser concluída no primeiro semestre de 2026, com assinatura do acordo vinculativo prevista para até o final deste ano.
Compra da participação restante na MasOrange
A francesa destacou em comunicado que está negociando com um grupo de fundos de private equity — que detêm a outra metade da MasOrange — para finalizar a aquisição. As empresas de private equity Cinven, KKR & Co. e Providence Equity Partners buscavam pelo menos €5 bilhões (US$ 5,9 bilhões) pela sua participação de 50%, segundo informações da Bloomberg divulgadas em julho.
Contexto do setor de telecom na Europa
Operadoras europeias têm buscado consolidar-se para ampliar escala e melhorar rentabilidade. Na Espanha, uma das maiores redes de fibra óptica do continente mantém uma concorrência intensa devido à ampla sobreposição entre prestadores de serviço. Segundo analistas, a combinação de investidores de private equity com o mercado local de telecomunicações evidencia a busca por estabilidade e retornos consistentes, apesar dos desafios de competição acirrada.
Atuação da Telefónica na Espanha
O movimento da Orange ocorre pouco antes da Telefónica SA, maior operadora do país, anunciar uma nova estratégia de consolidação, com o presidente Marc Murtra sinalizando apoio à fusão e expansão do setor no território espanhol.
Histórico da MasOrange e impacto competitivo
Fundada em 2020, a MasOrange foi criada após a aquisição da Másmóvil, que foi comprada por fundos de private equity por €3 bilhões e posteriormente integrada aos negócios da Orange na Espanha em um acordo de €18,6 bilhões. Apesar de se consolidar como a maior operadora em número de clientes, a fusão não garantiu a diminuição da concorrência em um mercado considerado um dos mais agressivos da Europa.
Na época da fusão, a Orange recebeu um pagamento em dinheiro de €4,4 bilhões (US$ 5,07 bilhões), estratégia adotada para manter liquidez e controlar o índice de endividamento da companhia.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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