Novo lançará comprimido contra obesidade nos EUA em janeiro

A farmacêutica Novo Nordisk anunciou nesta segunda-feira que iniciará a venda de um comprimido para o tratamento de obesidade nos Estados Unidos a partir de janeiro de 2025. A estratégia busca competir com a farmacêutica Lilly, que afirmou que seu próprio medicamento oral contra obesidade pode ser aprovado até março do próxima ano.

Novo lança comprimido para ganhar vantagem competitiva

De acordo com a empresa, a nova versão do medicamento, que ainda não tem nome divulgado, será disponibilizada inicialmente nos Estados Unidos. “Este lançamento faz parte do nosso esforço contínuo de oferecer opções eficazes na luta contra a obesidade”, afirmou a Executiva de Desenvolvimento de Produtos da Novo Nordisk, em comunicado oficial.

Após o anúncio, as ações negociadas nos Estados Unidos (ADRs) da Novo subiram mais de 8% no mercado aftermarket. Apesar disso, as ações acumulam uma queda de 44% neste ano, refletindo a preocupação dos investidores com a posição da companhia no segmento de tratamentos para obesidade.

Desafios no mercado de obesidade e concorrência com a Lilly

A Novo enfrenta dificuldades para manter sua liderança no segmento de obesidade, criado há poucos anos com o sucesso do medicamento Wegovy. Recentemente, o Wegovy perdeu espaço para o Zepbound, da Lilly, após estudos sugerirem que o Zepbound pode ajudar na perda de peso de forma mais eficiente. Além disso, o novo medicamento da Novo, o CagriSema, não conseguiu atingir os resultados prometidos em estudos clínicos, o que reforça os desafios enfrentados pela companhia.

Segundo o site O Globo, a aprovação do comprimido representa uma tentativa da Novo Nordisk de consolidar sua posição no mercado de obesidade com uma versão oral de seu principal produto.

Impactos e perspectivas futuras

Especialistas avaliam que a entrada da Novo com um comprimido pode acelerar a adoção de tratamentos orais na luta contra a obesidade, além de ampliar a competitividade frente à Lilly. No entanto, o sucesso dependerá da eficácia do medicamento, que será avaliada pelos órgãos reguladores e pelo mercado nos próximos meses.

O segmento de obesidade, considerado estratégico para as empresas de farmacêutica, continuará sendo alvo de intensa disputa, especialmente com o avanço de estudos comparativos e o desenvolvimento de novas terapias.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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