MSC proíbe óculos inteligentes nas áreas públicas dos cruzeiros
A MSC, uma das maiores companhias de cruzeiros do mundo, anunciou a proibição do uso de óculos inteligentes, como os lançados pela Meta, Ray-Ban e Google Glass, nas áreas públicas dos seus navios. A medida, em vigor desde julho, visa proteger a privacidade dos passageiros, já que esses dispositivos podem facilitar filmagens não autorizadas em espaços comuns.
Justificativa e regras da nova política de bagagem
Segundo o site oficial da MSC, dispositivos capazes de gravar ou transmitir dados de forma secreta ou discreta, como os óculos inteligentes, não são permitidos nas áreas públicas dos navios. A companhia ressalta que tais dispositivos podem comprometer a privacidade de hóspedes e tripulantes, podendo ser usados para filmagens indesejadas ou invasivas. Os passageiros, entretanto, podem usar esses aparelhos em cabines, terras e outros espaços não públicos.
Razões por trás da proibição
A restrição tem gerado questionamentos, já que outros dispositivos de gravação, como smartphones, continuam permitidos. De acordo com o site Cruise Hive, a principal diferença estaria na evolução das tecnologias de filmagem, que tornam os óculos inteligentes mais difíceis de detectar e mais perigosos em ambientes sensíveis, como banheiros, spas ou entradas de embarque.
A tecnologia de IA e a tentativa de maior discrição
Fabricantes chinesas, como a Alibaba, dona do AliExpress, estão lançando óculos com inteligência artificial, com câmeras e microfones integrados, capazes de filmar de maneira quase invisível. Segundo uma reportagem recente, essas tecnologias podem ser usadas para gravações em locais restritos, aumentando o risco de invasões de privacidade.
Apesar de a maioria dos óculos inteligentes possuir luzes indicativas de gravação, especialistas afirmam que, com conhecimentos técnicos, é possível ocultar essas luzes e tornar as gravações imperceptíveis. Assim, a preocupação é com o potencial uso indevido dessas tecnologias, especialmente em ambientes onde os visitantes não estejam atentos.
Reações da MSC e possibilidades futuras
Na comunicação direcionada aos agentes de viagens, a MSC afirmou estar empenhada em garantir que todos os hóspedes se sintam seguros e protegidos contra gravações não autorizadas, principalmente em áreas privadas ou comuns. Até o momento, nenhuma outra companhia de cruzeiro proibiu explicitamente o uso de óculos inteligentes, mas há a expectativa de que essa política se torne mais comum à medida que a tecnologia avança e se ajusta às preocupações de segurança.
Perspectivas de evolução tecnológica e impacto na viagem
Analistas apontam que o avanço da IA e de dispositivos de gravação portáteis deve continuar trazendo novos desafios para o setor de cruzeiros. Empresas de tecnologia, como a chinesa Alibaba, apostam que esses óculos podem um dia substituir smartphones, o que reforça a necessidade de políticas de restrição em ambientes de lazer e segurança.
Para os passageiros, a medida da MSC reforça a preocupação com a privacidade em ambientes públicos e destaca a busca por um ambiente mais seguro e confortável a bordo. Especialistas indicam que a tendência é de que, com o tempo, mais companhias adotem regras semelhantes, especialmente em face do uso indevido de tecnologias cada vez mais discretas.
Para saber mais sobre o tema, acesse o site da Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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