Monashees reduz equipe em 30% durante profunda revisão de modelo de negócio
A Monashees, uma das principais gestoras de venture capital do Brasil, anunciou a redução de 30% de sua equipe nos últimos dias, em meio a uma profunda revisão de seu modelo de negócio. A companhia, responsável por apoiar startups como 99, Loft e Rappi, confirmou a movimentação à coluna, sem divulgar números exatos, alegando que os cortes são parte de uma estratégia de adaptação às mudanças do mercado.
Reestruturação e mudanças na equipe de liderança
Antes da redução, a Monashees mantinha uma equipe de pelo menos 30 profissionais no escritório em São Paulo. Entre as principais alterações está a saída de Carlo Dapuzzo, que desde 2005 integrava a gestora na função de “general partner”. Dapuzzo, responsável por alguns dos investimentos mais emblemáticos, como 99, DogHero e GetNinjas, passará a atuar como “venture partner”, uma função que funciona como um papel de consultor e aliado na captação de novos negócios.
Segundo fontes próximas à empresa, a principal motivação para os cortes foi a dificuldade na captação de novos recursos, cenário que tem afetado diversas gestoras de venture capital por conta do aumento dos juros, que desincentivam investimentos de maior risco, como em startups. A Monashees, no entanto, negou que essa fosse a razão principal, afirmando que há cerca de US$ 110 milhões disponíveis para novos investimentos em seu fundo atual.
Transformações diante do impacto da inteligência artificial
Em nota enviada à coluna, a Monashees destacou que o momento de mudanças é uma “profunda revisão do nosso modelo de negócio e da forma como o ecossistema de venture capital e startups irá funcionar no futuro”. A gestora reforçou que o avanço acelerado da inteligência artificial e a rápida evolução tecnológica impõem a necessidade de adaptabilidade para manter sua liderança e atrair investidores e empreendedores dispostos à disrupção.
“Fizemos ajustes no nosso time e reposicionamos alguns sócios em papéis mais estratégicos, alinhados às novas demandas do mercado e às habilidades de cada um”, afirmou a companhia. A nota também afirma que Carlo Dapuzzo continuará apoiando startups e empreendedores com os quais já mantém relacionamento, mesmo após a mudança de seu cargo.
Investimentos e estratégia futura
Apesar dos cortes, a Monashees segue investindo em posições estratégicas, como a contratação de um “head of AI”, um “investment principal” e um “head of founder journey”. A empresa revelou que, mesmo diante do momento desafiador de captação, continua com recursos disponíveis para novos investimentos, reforçando seu compromisso com inovação e inovação.
Fundada por Eric Archer e Fabio Igel, a gestora possui atualmente 79 investimentos ativos, incluindo startups avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão, os chamados “unicórnios”. Entre eles estão Loggi, MadeiraMadeira, Neon e Rappi. A Monashees também já saiu de 32 empresas, como a 99, considerada a primeira “unicórnio” do Brasil, além de DogHero, Elo7, Enjoei e GetNinjas.
Perspectivas diante do cenário de mercado
A companhia revelou que a sua transformação está relacionada a uma análise cuidadosa das tendências de mercado e da atuação futura na área de venture capital. “Nosso foco agora é construir uma plataforma preparada para liderar os próximos ciclos de inovação, valorizando talentos e adotando uma cultura de responsabilidades e ética”, afirmou a gestora, destacando o compromisso com a excelência e a inovação contínua.
Para mais detalhes, a Monashees enviou uma nota oficial ressaltando que o momento de mudanças visa garantir sua adaptabilidade frente ao rápido avanço tecnológico e às novas dinâmicas do mercado global de investimentos em startups.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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