Ministro do Empreendedorismo condena tarifas dos EUA como boicote ao Brasil

O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, classificou as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um ato de boicote. Durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), nesta quarta-feira (30), França criticou duramente a medida, afirmando que ela inviabiliza as vendas de produtos brasileiros no mercado norte-americano.

Tarifas de Trump representam um boicote ao Brasil

França explicou que, até o momento, não há um decreto oficial ou projeto de lei que tenha sido aprovado para oficializar a decisão de Trump. “Isso não é bem tarifa. Isso é um boicote, né? É como tem com Cuba. Praticamente proíbe a venda. Com 50%, você proíbe a venda. Inviabiliza”, afirmou o ministro.

O ministro destacou que as declarações do presidente norte-americano foram feitas nas redes sociais, sem um respaldo legislativo formal. “Eles estão preparando do lado de lá o que vai ser essa redação. Há diversas versões. Uma delas, por exemplo, a mais comentada, é que ele só faria em relação a produtos que os americanos também produzem”, afirmou França.

Preparação para impactos e soluções

França ressaltou que o governo brasileiro está atento às medidas e já trabalha em soluções para minimizar os impactos, especialmente nos setores de bens perecíveis, que podem estragar rapidamente. “De qualquer maneira, estamos preparados, pensando em soluções para os bens perecíveis, aqueles que estragam mais depressa”, garantiu.

Contexto e possíveis desdobramentos

A situação acompanha uma crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, que pode afetar articulações comerciais e a economia brasileira. Ainda não há previsão de quando ou se as tarifas entram em vigor oficialmente, uma vez que dependem de futuras negociações e decisões políticas.

Segundo análise da Agência Brasil, a medida é vista por especialistas como uma forma de pressionar o Brasil em negociações comerciais, configurando-se como um boicote disfarçado, na avaliação do ministro França.

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Com informações do Jornal Diário do Povo