Mercados impulsionados por sinais de desaceleração da inflação e expectativa de corte de juros pelo Fed
Após uma leitura moderada da inflação e sinais de desaquecimento do mercado de trabalho, Wall Street registrou altas expressivas nesta semana, impulsionada pela especulação de que o Federal Reserve (Fed) pode reduzir os juros na próxima semana. Os principais índices americanos atingiram níveis recordes, refletindo a confiança dos investidores na possibilidade de flexibilização monetária.
Inflação controlada e sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho
O índice de preços ao consumidor (CPI), divulgado recentemente, mostrou que, embora a inflação permaneça acima da meta de 2% do Fed, ela está relativamente sob controle. O índice núcleo, que exclui alimentos e energia, subiu 0,3% em relação a julho, enquanto o CPI total avançou 0,4%, o maior desde o começo do ano — indicadores de que a inflação não está fora de controle, segundo analistas.
Paralelamente, os pedidos de seguro-desemprego saltaram para o nível mais alto em quase quatro anos, atingindo 263 mil na semana encerrada em 6 de setembro, o que reforça as apostas de um corte de juros na próxima semana. “A inflação está relativamente calma, o que dá ao Fed a liberdade de focar na fraqueza do mercado de trabalho”, afirmou Skyler Weinand, da Regan Capital.
Expectativa de cortes de juros e impacto nos mercados
Com o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego e a desaceleração na contratação, os mercados precificam uma trajetória mais agressiva de flexibilização monetária. Economistas passaram a prever cortes de 0,25 ponto percentual em cada uma das três últimas reuniões do ano, em um movimento que visa combater o desaquecimento do mercado de trabalho.
O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos chegou a ultrapassar temporariamente os 4%, reflexo da maior demanda por ativos de risco. “Esperamos que o Fed corte juros na próxima semana e continue com essa política ao longo do ano”, disse Seema Shah, da Principal Asset Management.
Perspectivas para decisão do Federal Reserve
Apesar de alguns membros do Fed discutirem um corte mais agressivo de 50 pontos-base, a maioria acredita que uma redução de 25 pontos-base será suficiente, principalmente diante da precisão dos dados de emprego e da inflação. “A leitura do CPI foi ofuscada pelos pedidos de auxílio-desemprego, que indicam uma possibilidade de cortes mais rápidos”, afirmou Josh Jamner, da ClearBridge Investments.
Analistas também destacam que o cenário de desaceleração do mercado de trabalho ainda permite ao Fed manter uma postura flexível, embora a inflação mais persistente, se sustentada, possa dificultar cortes adicionais nas próximas reuniões. “O caminho do Fed no curto prazo parece claro, mas no médio prazo, a inflação mais alta complicará a decisão”, explicou Chris Zaccarelli, da Northlight Asset Management.
O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou cautela ao abrir a porta para cortes, e os dados recentes reforçam a expectativa de que uma redução de juros seja implementada na semana que vem, com possíveis novos cortes até o fim do ano. Assim, os mercados continuam atentos às próximas decisões da autoridade monetária.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa.
Com informações do Jornal Diário do Povo
Share this content:
Publicar comentário