MBRF amplia atuação no Oriente Médio com Sadia Halal

A MBRF, união recente dos frigoríficos Marfrig e BRF, anunciou nesta segunda-feira a criação da Sadia Halal, negócio que envolve operações na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait e Omã, além de exportações para o norte da África. A iniciativa faz parte da ampliação da joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), controlada pelo fundo soberano da Arábia Saudita, o PIF.

Investimento e participação na Sadia Halal

O valor investido na nova divisão é de R$ 2,07 bilhões, e a HPDC ficará inicialmente com 10% de participação, podendo aumentar para 30% e chegando até 40%. O movimento é parte da estratégia de abertura de capital (IPO), prevista para ocorrer em 2027 na Bolsa de Riad.

Com faturamento de US$ 2,1 bilhões entre junho de 2024 e junho de 2025, a Sadia Halal representa 7,3% da receita consolidada da MBRF, reforçando sua presença nos mercados de alimentos certificados segundo as leis islâmicas.

Expansão regional e perspectivas futuras

Segundo o fato relevante divulgado pela companhia, a expansão busca consolidar a atuação da MBRF na região, apoiada pela HPDC, além de diversificar a produção e se aproximar dos consumidores. “A expansão da joint venture visa reforçar a presença regional da MBRF agora com o apoio da HPDC para além da Arábia Saudita, assegurando a solidez das operações da Companhia e abrindo a possibilidade de expansão na região, ampliando a base produtiva e nos aproximando cada vez mais dos nossos consumidores”, afirmou Jose Ignacio Rey, vice-presidente de finanças e relação com investidores da companhia.

Repercussão no mercado

As ações da MBRF lideraram o avanço do Ibovespa nesta segunda-feira, com uma alta de até 7%. Analistas do setor comemoram a movimentação, que reforça a liderança da empresa em mercados Halal de alto crescimento. Gustavo Troyano, do Itaú BBA, destacou em relatório que a transação pode abrir espaço para expansão além de aves, incluindo carne bovina, especialmente em países do Oriente Médio, que respondem por 13% das importações globais de frango e 25% das exportações brasileiras.

O Goldman Sachs também acredita que o negócio deve oferecer suporte contra ciclos voláteis do mercado de frango, expondo a companhia ao crescimento de uma região de alto poder de compra.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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