Magda Chambriard afirma que governo está perto de consenso sobre licença na Margem Equatorial
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta quinta-feira (8) que o governo brasileiro está à beira de um consenso sobre a emissão da licença ambiental para perfurar na Margem Equatorial. A declaração ocorreu antes de uma reunião com o Ibama marcada para o dia 12, marcada por expectativas de avanço no processo.
Atualizações sobre o projeto na Margem Equatorial
De sua sala, onde acompanha a produção de petróleo e os preços dos combustíveis em tempo real, Magda destacou que o último passo para a liberação da licença é a realização da APO (Avaliação Pré-Operacional), que consiste em testes para verificar a capacidade de proteção da fauna em caso de acidentes. Segundo ela, há um otimismo crescente sobre a resolução do tema, considerado um obstáculo importante para o setor energético.
Impacto econômico e político do atraso
Magda explicou que o atraso na liberação da licença gera impacto financeiro, com uma parada na operação que pode custar até R$ 4 milhões por dia, devido ao custo de bens, serviços e despesas operacionais. A prolongada indefinição também acaba por afetar o mercado de petróleo, já que o projeto representa uma fonte significativa de recursos e empregos.
Questões ambientais e a percepção pública
Sobre os rumores de que há divergências dentro do governo quanto à necessidade de preservar áreas de кораis marinhos, a presidente da Petrobras afirmou que o debate está se consolidando e que, atualmente, há poucas vozes contrárias à abertura da exploração. “O país entende a necessidade de coexistir entre energia renovável e produção de petróleo”, disse ela, reforçando o otimismo na resolução do impasse.
Perspectivas futuras e desafios
Na entrevista ao GLOBO, Magda ressaltou a importância de avançar na fiscalização e na sustentabilidade dos processos, apontando que a Petrobras trabalha para cumprir rigorosamente as diretrizes ambientais, mesmo enfrentando atrasos burocráticos. Ela também destacou que, caso a licença seja concedida, essa poderá ser uma das maiores conquistas de sua gestão à frente da estatal, refletindo avanços na segurança e na produção nacional.
Outros tópicos abordados na entrevista
Além da Margem Equatorial, a executiva comentou sobre a possível retomada do comércio de etanol, a situação do mercado de gás natural e a evolução do plano de negócios para 2025-2029, que prevê investimentos de US$ 111 bilhões. Para ela, a estratégia da Petrobras está focada em maximizar o valor, priorizando projetos de alta atratividade mesmo diante de um cenário de preços baixos do petróleo.
Magda também abordou questões relacionadas à privatização da Vibra e às negociações com a Braskem, deixando claro que a estatal mantém direitos de preferência e interesse em entender quem são os sócios e quais as intenções do mercado. Ela reforçou que a intenção não é estatizar empresas, mas fortalecer a sinergia entre Petrobras e os parceiros estratégicos.
Expectativas e o futuro da exploração na Amazônia
Sobre a perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, a presidente da Petrobras revelou que, na próxima semana, será decidido o resultado da APO, último passo antes da liberação definitiva. Ela destacou que, apesar dos atrasos, há otimismo de que o tema seja resolvido ainda nesta gestão, esperando-se que o país possa avançar tanto na produção quanto na diversificação de fontes de energia.
Para mais detalhes da entrevista, acesse o link original.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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