Lula reúne líderes do BRICS em meio a tensões globais e julgamento de Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma reunião com líderes do BRICS para tratar de questões importantes, incluindo o tarifaço promovido pelos Estados Unidos, a situação na Faixa de Gaza, a guerra entre Rússia e Ucrânia, a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a conferência COP30, que ocorrerá em Belém, no próximo mês de novembro.
Agenda e desafios internacionais do encontro do BRICS
A reunião ocorre em um momento delicado, às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tentar um golpe de Estado. A atenção internacional cresceu após declarações do governo americano, com Donald Trump reforçando que só negocia o fim da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros se o procedimento contra Bolsonaro for arquivado. Entretanto, Lula afirmou que o Brasil não aceitará interferências externas em seus assuntos internos.
“Vamos discutir a autonomia do Brasil e a postura soberana diante de pressões externas”, afirmou Lula durante a preparação do encontro. A agenda inclui também a discussão sobre o futuro do bloco, que enfrenta críticas de Trump, especialmente no contexto do projeto de reduzir a dependência do dólar na economia global.
Repercussões do tarifão e o posicionamento do governo brasileiro
Desde que os EUA impuseram a sobretaxa, o governo Lula tem resistido às pressões externas, pregando autonomia econômica. Segundo fontes do Palácio do Planalto, a reunião visa fortalecer a coalizão do BRICS contra eventuais ameaças à soberania dos países integrantes, sobretudo frente às ações de Trump e às tensões no cenário mundial.
Cenário internacional e expectativas para a COP30
A conferência sobre mudanças climáticas, COP30, será palco de debates sobre a ação conjunta contra a crise ambiental e social. Lula enfatizou a importância de o Brasil liderar iniciativas sustentáveis e reforçou a preocupação com os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, que também estarão na pauta do encontro.
Perspectivas e impacto da reunião
Analistas avaliam que a reunião do BRICS pode fortalecer o alinhamento dos países contra pressões de potências externas, além de marcar um posicionamento político relevante diante do cenário internacional. O governo brasileiro mantém o discurso de resistência às interferências, garantindo sua autonomia nos assuntos internos.
Mais detalhes sobre o encontro podem ser acompanhados na reportagem do O Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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