Lula destaca limites na negociação com os EUA e defesa da soberania brasileira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta domingo que as negociações com os Estados Unidos sobre a tarifa imposta pelo governo americano demandam cautela. Lula destacou que há um “limite de briga” e que a diplomacia brasileira precisa agir com responsabilidade ao defender os interesses do país. A declaração foi feita durante o 17º Encontro Nacional do PT, realizado em Brasília.

Diplomacia e limites na relação com os Estados Unidos

Durante o evento, Lula ressaltou que, na disputa atual por tarifas comerciais, o Brasil deve falar apenas o que é possível e necessário. “Eu tenho um limite de briga com o governo americano. Não posso falar tudo que eu acho que devo falar, tenho que falar o que é possível falar”, afirmou. Segundo ele, os Estados Unidos são uma potência militar, tecnológica e econômica, o que impõe uma postura de respeito mútuo na relação internacional.

“Eles são um país muito grande, o mais bélico, com mais tecnologia, a maior economia”, destacou Lula, reforçando que o Brasil deseja ser respeitado pelo seu tamanho e sua autonomia. “Tentar colocar assuntos políticos para nos taxar economicamente é inaceitável”, completou.

Negociações em curso e postura do governo brasileiro

Segundo Lula, canais de diálogo entre Brasil e Estados Unidos continuam abertos, e as propostas já foram apresentadas pelos ministros do Planejamento e Relações Exteriores, Geraldo Alckmin e Mauro Vieira. O presidente reafirmou que não há temor ou intenção de conflito por parte do governo brasileiro.

“Não queremos confusão. Quem quiser confusão conosco, pode saber que não queremos brigar. Mas também não temos medo”, declarou Lula. Ele afirmou ainda que, de acordo com uma frase do músico Chico Buarque, o Brasil busca tratar Estados Unidos e Bolívia com “igualdade de condições”, defendendo uma postura de respeito mútuo na política internacional.

Impacto da postura do Brasil na política global

Lula criticou a postura de Trump, dizendo que o ex-presidente extrapolou limites ao tentar acabar com o multilateralismo, e reforçou que o Brasil não deve se deixar intimidar por pressões externas. “Queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Não somos uma republiqueta. É inaceitável tentar nos taxar economicamente por questões políticas”, afirmou.

O presidente destacou que sua postura de resistência e diálogo equilibrado visa manter a soberania brasileira diante de um cenário internacional cada vez mais complexo e polarizado.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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