Lula cobra agilidade para lançamento de novo programa habitacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou nesta sexta-feira a cobrança por agilidade no lançamento de um novo modelo de financiamento imobiliário durante cerimônia de entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida. Lula pediu respostas aos ministros Jader Filho (Cidades) e Rui Costa (Casa Civil), além do presidente da Caixa, Carlos Vieira, e do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a demora na proposta de implementação do programa, que visa facilitar o acesso à casa própria, especialmente para a classe média.

Críticas à demora e o esforço para acelerar o programa habitacional

“Fizemos a reunião em 24 de junho, me pediram 30 dias para apresentar a proposta definitiva. Já estamos no mês de agosto, e tanto você, Jader, como o Carlos, como a Inês Magalhães, vice-presidente da Caixa, e o Rui Costa, que está ouvindo aqui, me devem uma resposta porque já dobrou a data”, declarou Lula. A participação de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, foi por vídeo, não tendo participado presencialmente da cerimônia.

Medidas para destravar o crédito habitacional para a classe média

O governo pretende lançar “o maior programa habitacional da história do país”, como destacou Lula. A iniciativa é vista no Palácio do Planalto como uma estratégia para fortalecer a popularidade do presidente. O foco é atender pessoas que ganham até R$ 12 mil por mês, ampliando o acesso ao crédito imobiliário.

Flexibilização do uso dos recursos da poupança

Para avançar na contratação de financiamentos para a classe média, o governo avalia medidas como flexibilizar o volume de recursos da poupança retidos no Banco Central e criar mecanismos para tornar mais atrativos os contratos corrigidos pelo IPCA, índice oficial de inflação. Atualmente, 65% das reservas de poupança são obrigatoriamente direcionados ao crédito imobiliário, enquanto 20% ficam retidos em depósitos compulsórios e 15% podem ser usados livremente pelos bancos.

Questionamentos sobre a demora e o papel do Banco Central

O ministro das Cidades, Jader Filho, criticou o atraso, responsabilizando o Banco Central. “Nós entendemos que pelo menos 80% do valor discutido pelo Banco Central deve permanecer na habitação, com limite na taxa de juros. Os juros não podem ficar abertos”, afirmou. Segundo ele, há uma preocupação com a atual escassez de recursos para financiamentos imobiliários, devido à migração de recursos para aplicações financeiras mais rentáveis.

Perspectivas futuras e mudanças planejadas

A expectativa do governo é que, com as mudanças na regulamentação, o sistema de financiamento imobiliário possa dar mais suporte à classe média e ampliar o acesso à casa própria. Lula reforçou que o governo busca acelerar o processo, com a esperança de lançar oficialmente o programa nos próximos meses, atendendo a uma demanda antiga da população brasileira.

Para mais informações, acesse a fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Share this content:

Publicar comentário