O líder do grupo islâmico Hayet Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammed al-Jawlani, que liderou uma ofensiva rebelde para tomar Damasco do controle do governo sírio, visitou a Mesquita de Omíadas, a maior da capital, neste domingo (8), onde foi recebido por uma multidão. Agora usando seu nome verdadeiro, Ahmed al-Sharaa, Jawlani fez um discurso enquanto a multidão gritava “Allahu akbar (Deus é grande)”.
A Mesquita de Omíadas, conhecida como Grande Mesquita de Damasco, faz parte do Patrimônio Mundial da Unesco, e é considerada o quarto lugar mais sagrado para os muçulmanos. O local abriga mosaicos e minaretes de sua construção original.
Após marchar triunfante sobre a segunda maior cidade da Síria, Aleppo, o principal comandante das forças rebeldes chegou neste domingo à capital, horas depois de o HTS anunciar a captura da cidade, afirmando que a população do país estava “cheia de 50 anos do regime de [Bashar al-]Assad”. O paradeiro do ditador sírio é desconhecido, enquanto o primeiro-ministro Mohammad Ghazi al-Jalali prometeu cooperar com os rebeldes.
Neste domingo, as forças opositoras anunciaram ter entrado em Damasco sem encontrar resistência militar, e centenas de pessoas saíram às ruas para comemorar a queda do regime, aos gritos de “Liberdade”. A residência Assad foi quase destruída por saqueadores, e houve ataques contra a Embaixada do Irã e contra a residência do embaixador da Itália na capital. Segundo a rede britânica BBC, centenas de pessoas estão no bairro do palácio presidencial, uma área que era impossível de acessar até então. Também surgiram imagens de pessoas pisoteando uma estátua de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que governou a Síria por 30 anos.
Na TV pública, os rebeldes anunciaram a queda do “tirano” Assad e a “libertação” de Damasco. Também pediram aos sírios que fugiram para o exterior devido ao conflito que retornem para uma Síria “livre”.
Da Redação