Lei de reciprocidade aprovada amplia poder de retaliação comercial do Brasil

A lei de reciprocidade, sancionada pelo governo brasileiro em julho, reforça os mecanismos de resposta do país a ações de outros países ou blocos econômicos que prejudiquem a competitividade dos produtos nacionais. O projeto, aprovado sem votos contrários na Câmara e no Senado, foi sancionado em abril deste ano e contempla novas possibilidades para o Brasil atuar no cenário internacional.

De equiparação ambiental a medidas econômicas de retaliação

Originalmente, o projeto da Lei de Reciprocidade buscava equiparar exigências de controle ambiental entre o Brasil e seus parceiros comerciais. Contudo, a discussão evoluiu para permitir que o país implemente restrições econômicas contra nações que impactem negativamente suas exportações nacionais. Segundo a lei, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério de Indústria e Comércio, passou a ter poderes ampliados para adotar medidas de resposta.

Novas ferramentas de retaliação econômica

Dentre as ações autorizadas, a Camex poderá suspender concessões comerciais e investimentos, aplicar tarifas extras e impor restrições às importações. Além disso, poderá suspender concessões de patentes, remessas de royalties e criar barreiras econômicas específicas, ampliando o arsenal de medidas retaliatórias do Brasil.

Contexto de mudanças nas respostas às ações internacionais

Pela legislação anterior, o Brasil não podia aplicar tarifas unilateralmente a um país, o que poderia dificultar uma retaliação efetiva, como poderia ocorrer em uma resposta ao ex-presidente Donald Trump. Agora, com as novas regras, o país dispõe de maior autonomia para responder a obstáculos comerciais de forma mais rápida e proporcional.

Implicações para a relação comercial do Brasil

A ampliação dos poderes da Camex representa um passo importante na estratégia de defesa dos interesses econômicos brasileiros diante de pressões internacionais. Especialistas avaliam que a lei traz maior flexibilidade para o país equilibrar disputas comerciais, sobretudo em um cenário global marcado por tensões e disputas protecionistas.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no site do Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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