Justiça decreta falência da Oi após crise financeira
A decisão ocorreu após a gestão judicial da tele carioca, liderada pelo advogado Bruno Rezende, solicitar reconhecimento do estado de insolvência na última sexta-feira, devido às dívidas crescentes. A juíza Simone Gastesi Chevrand afirmou que “não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida”. A empresa continuará suas atividades de forma provisória sob a administração do administrador judicial.
Impacto na prestação de serviços essenciais
Apesar da crise, a Oi mantém sua importância para o país, sendo responsável por serviços de emergência, como números da polícia, bombeiros e defesa civil, além de conectar as loterias da Caixa Econômica Federal. Atualmente, a companhia possui cerca de 4,6 mil contratos com diferentes esferas de governo e atua em aproximadamente sete mil localidades brasileiras, sendo a única operadora presente em várias regiões remotas.
No mês passado, a Justiça transferiu a conectividade do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) para a Claro, refletindo dificuldades financeiras da companhia.
Gestão afastada e medidas judiciais
A decisão judicial também suspende todas as ações e execuções contra a empresa, além de convocar uma assembleia geral de credores para criar o comitê de credores. A juíza afastou toda a diretoria e o Conselho de Administração da Oi, nomeando Bruno Rezende como gestor judicial responsável pela administração da empresa durante o processo.
A própria tele admitiu que não consegue suportar o pagamento de todas as dívidas devido à incapacidade de aumentar seu fluxo de caixa, descumprindo o acordado em seu segundo plano de recuperação. Em outubro, a dívida com fornecedores que não integravam o processo de recuperação chegou a R$ 1,7 bilhão, um aumento de R$ 500 milhões em relação a junho.
Perspectivas futuras e impactos no setor
A falência da Oi reforça os desafios do setor de telecomunicações no Brasil, que enfrenta alta endividamento e dificuldades de recuperação financeira. Analistas avaliam que o processo pode levar à venda de ativos ou à entrada de novos investidores para evitar maior declínio da operação.
A decisão também pode afetar contratos de entidades públicas e privados associados à operadora, gerando possíveis impactos na continuidade de serviços essenciais e na conectividade de regiões remotas.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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