Itaú demite funcionários em massa por baixa produtividade no trabalho remoto

O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, confirmou hoje a realização de uma série de demissões de funcionários, ações que têm gerado polêmica entre sindicatos e na internet. As demissões ocorreram após o banco identificar longos períodos de inatividade dos colaboradores em trabalho remoto ou híbrido, considerados por ele como baixa produtividade.

Itaú confirma demissões sem detalhar números

Segundo o banco, os desligamentos decorrem de uma revisão na conduta de trabalho remoto e registro de jornada, sem divulgar o número exato de funcionários afastados. O Itaú afirma que as demissões fazem parte de uma gestão responsável para preservar sua cultura.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo estimou que cerca de mil funcionários foram demitidos sem diálogo prévio, enquanto o sindicato do Rio também manifestou preocupação e planeja levantar informações sobre cortes na região.

Críticas dos sindicatos e questionamentos ao critério adotado

Maikon Azzi, diretor do sindicato, criticou a justificativa do banco, afirmando que usar registros de inatividade de quatro horas ou mais como critério de demissão é questionável, considerando a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, questões de saúde e organização do trabalho.

“Seguiremos exigindo que o Itaú se manifeste com uma justificativa plausível e responsável para essas demissões e que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados”, afirmou Azzi em nota de repúdio.

Impacto financeiro do Itaú

Apesar do momento de cortes, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões no último semestre, consolidando sua posição como maior banco em ativos do país. A crítica dos sindicatos também ressalta a disparidade entre o alto lucro da instituição e as dispensas em massa.

Reação do setor e órgão regulador

O sindicato do Rio anunciou que verificará se há também cortes na região, enquanto especialistas questionam a legitimidade do critério de avaliação adotado pelo banco. O Banco Central, por sua vez, alertou para incidentes cibernéticos recentes, destacando a necessidade de maior atenção à segurança digital no setor financeiro.

O que diz o Itaú sobre as demissões

Em nota, o Itaú confirmou que as demissões tiveram origem na análise de registros de jornada relativos ao trabalho remoto, destacando que as decisões visam manter seus princípios de confiança e cultura organizacional. A instituição afirmou ainda que busca uma gestão responsável no momento de transformação do trabalho.

A disputa entre o banco e os sindicatos evidencia os desafios do trabalho remoto, principalmente no setor financeiro, onde o equilíbrio entre produtividade, tecnologia e direitos trabalhistas é cada vez mais questionado.

Para saber mais detalhes, acesse a reportagem completa no site do O Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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