IPCA de agosto deve registrar primeira deflação do ano

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar nesta quarta-feira a primeira deflação do IPCA neste ano, de aproximadamente 0,17%, referente ao mês de agosto. A trajetória de queda será impulsionada principalmente pelo impacto do “bônus de Itaipu”, aliado a reduções pontuais em tarifas de energia elétrica, além de diminuições em grupos de alimentos, transportes e educação.

Previsões e fatores influentes na deflação de agosto

De acordo com a previsão do IBGE, o índice deve recuar nesta leitura, com projeções variando entre -0,14% e -0,27%. O banco Bradesco estima uma queda de 0,17%, enquanto o Santander projeta uma redução ligeiramente menor, de 0,14%. O economista-chefe da análise econômica do Bradesco, André Galhardo, aponta que a queda maior, de 0,27%, é possível mesmo com a cobrança da bandeira vermelha na conta de luz e outros reajustes pontuais.

Impacto do bônus de Itaipu e redução na energia elétrica

Segundo o Bradesco, a deflação reflete, principalmente, o desconto na tarifa de energia elétrica, conhecido como “bônus de Itaipu”, devido ao saldo positivo na Conta de Comercialização de Energia da usina de Itaipu. Este benefício, que é repassado ao consumidor, deve desaparecer em setembro, o que pode fazer o índice subir novamente. Galhardo projeta uma alta de 0,58% na inflação de agosto, alinhada com o Boletim Focus, que prevê uma variação de 0,59%.

Principais grupos de influência na inflação

Galhardo destaca que grupos de alimentos, transportes — especialmente passagens aéreas e combustíveis — e educação têm desacelerado a alta de preços, contribuindo para o arrefecimento disseminado da inflação. Essa tendência reforça o cenário de menor pressão inflacionária na economia brasileira neste momento.

Perspectivas para os próximos meses

Sem o efeito do bônus de Itaipu, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve se recuperar em setembro. Caso a deflação de 0,24% se confirme, a inflação acumulada em 12 meses poderá romper a barreira dos 5%. Os dados indicam uma ligeira redução na variação mensal ao longo do ano, estando atualmente em torno de 0,26% a 0,16%, dependendo do mês.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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