Inteligência artificial transforma mercado de trabalho e avaliações de candidatos

A difusão da inteligência artificial (IA) está mudando significativamente o mercado de trabalho e os métodos de contratação, de acordo com um executivo da ManPowerGroup. Tomas Chamorro Premuzic, diretor de inovação da empresa, afirma que as empresas podem passar a valorizar mais o potencial dos candidatos do que suas competências específicas, que podem se tornar obsoletas em poucos meses.

IA e novas prioridades na avaliação de candidatos

Durante a feira Vivatech, em Paris, Premuzic explicou que as competências técnicas cada vez mais se adequam às evoluções rápidas da tecnologia, enquanto atributos como esforço, curiosidade e habilidades interpessoais continuam sendo essenciais. “A IA pode ajudar a avaliar essas qualidades humanas que ainda são difíceis de mensurar por máquinas”, destacou o executivo.

De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), um em cada quatro trabalhadores já exerce uma função exposta à IA generativa, embora a maioria dos empregos seja transformada, e não eliminada, pela tecnologia, por ainda depender da intervenção humana.

Expansão rápida de tarefas de informática

Enquanto isso, as atividades relacionadas ao uso de internet, e-mails e outras tarefas de informática que podem ser automatizadas por agentes de IA estão passando por uma “rápida expansão” no mercado. Segundo a OIT, essa tendência evidencia a transformação de funções tradicionais em processos cada vez mais autônomos, embora a presença humana continue sendo fundamental.

Desafios e oportunidades na era da IA

Especialistas alertam que, embora os avanços tecnológicos criem oportunidades, também reforçam a importância de habilidades que máquinas ainda não conseguem replicar, como julgamento ético, atendimento ao cliente, gestão e estratégia. Segundo a pesquisa da ManPowerGroup, é necessário investir proporcionalmente mais recursos em formação e transformação cultural do que em tecnologia.

Investimento em recursos humanos e mudança cultural

Chamorro Premuzic afirma que “para cada dólar investido em tecnologia, deveriam ser investidos oito ou nove dólares em recursos humanos, transformação cultural e gestão da mudança”. Essa abordagem visa preparar os profissionais para as novas exigências do mercado de trabalho, onde o potencial humano ainda é prioridade.

Perspectivas futuras

Especialistas destacam que, apesar da automação, as tarefas que envolvem julgamento, empatia e criatividade continuarão sendo indispensáveis. Assim, as empresas deverão buscar profissionais com habilidades humanas essenciais, complementando as capacidades da inteligência artificial. A tendência é que essa combinação potencialize a produtividade e a inovação no ambiente corporativo.

Para mais detalhes sobre as mudanças no mercado de trabalho na era da IA, confira a matéria completa no O Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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