Inflação se aproxima da meta, mas cautela é essencial, afirma economista da FGV

De acordo com analistas da Fundação Getulio Vargas (FGV), a expectativa de inflação para este ano está mais próxima de 6% do que de 5%, embora haja possibilidades de o IPCA fechar abaixo de 5%. Vigilância é fundamental, pois sinais de estabilização podem ser precoces diante de uma conjuntura marcada por alta de preços em setores de commodities.

Comportamento dos preços e riscos para a inflação

O economista da FGV Ibre destacou que o acompanhamento do mercado revela aumento de preços em bovinos, café, soja e outros produtos que vinham apresentando deflação. “Essa correção nos preços de alimentos pode não ser tão intensa nem duradoura, o que indica que a inflação pode permanecer mais elevada por mais tempo”, afirmou.

Ele ressaltou também que o Brasil perdeu mercado nos Estados Unidos, mas ampliou sua presença na China, conquistando maior fatia de mercado em alguns segmentos. Isso tende a reduzir a oferta interna e pressionar os preços, dificultando a redução dos juros, que ainda não é viável neste cenário de instabilidade.

Perspectivas para a política monetária

Segundo o especialista, os movimentos recentes ainda são prematuros para indicar o início de cortes na taxa de juros, pois o momento exige cautela diante de possíveis surpresas inflacionárias. “A conjuntura atual exige observação constante do comportamento de preços e do mercado de exportação”, comentou.

Impactos futuros na economia brasileira

Mesmo com sinais de desaceleração inflacionária, novos aumentos de preços em commodities essenciais podem atrasar a recuperação do controle inflacionário. Assim, o Banco Central deve manter uma postura vigilante, avaliando continuamente a evolução dos fatores de risco.

Mais detalhes sobre o cenário econômico brasileiro podem ser encontrados na análise do O Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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