Inflação desacelera para 0,09% em outubro, menor desde 1998
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,09% em outubro, divulgada nesta terça-feira pelo IBGE. O resultado é o menor para um mês de outubro desde 1998, quando foi de 0,02%. A deflação no grupo de energia e alimentos contribuiu para essa forte desaceleração.
Redução de preços na energia e alimentação
A queda na energia elétrica residencial, de 2,39%, puxou a desaceleração do IPCA, devido à menor pressão na bandeira tarifária de energia, que passou de vermelho patamar 2 para patamar 1. Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, “isso, aliado à queda no grupo habitação, contribuiu para o resultado”.
Comportamento do grupo de alimentos
O grupo de alimentação e bebidas, que possui o maior peso no índice, interrompeu uma sequência de quedas e registrou uma leve alta de 0,01%, considerada estabilidade pelos pesquisadores. Houve queda no preço do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%), enquanto itens como batata-inglesa (+8,56%) e óleo de soja (+4,64%) apresentaram altas.
Impactos na inflação e perspectivas futuras
Segundo Fernando Gonçalves, a desaceleração foi influenciada por recuos na energia elétrica e no setor de habitação. Caso esses grupos fossem excluídos do cálculo, o índice de outubro ficaria em aproximadamente 0,25%. O acumulado do ano é de 3,73%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses chega a 4,68%. Em outubro de 2024, o número foi de 0,56%.
Apesar da desaceleração recente, o mercado projeta uma inflação moderada para o restante do ano, sustentada por fatores como a estabilidade nos preços de alimentos e energia. A expectativa é que a inflação continue sob controle, influenciando as ações de política monetária do Banco Central.
Para mais detalhes sobre o comportamento dos preços, acesse a reportagem do Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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