Inflação de dezembro fica dentro da meta e reforça cenário de queda
A prévia da inflação de dezembro, o IPCA-15, registrou 4,41% no acumulado de 12 meses, permanecendo dentro do intervalo de tolerância da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira. O índice avançou 0,25% em dezembro, um aumento de 0,05 ponto percentual em relação a novembro.
Inflação de dezembro e meta do governo Lula
Esta é a primeira vez que a inflação fecha dentro da meta no governo Lula. Em 2024, o índice ficou em 4,71%, enquanto em 2023 foi de 4,72%. A expectativa é de que o índice oficial do IPCA referente a todo o ano de 2025 seja divulgado no dia 9 de janeiro.
Perspectivas de desinflação e impacto no cenário econômico
De acordo com André Valério, economista sênior do Banco Inter, o resultado de dezembro indica a consolidação do processo de desinflação. Ele destaca que a expectativa é de um início de 2026 com inflação mais fraca, especialmente no primeiro trimestre, se comparado ao mesmo período de 2025.
Possíveis efeitos nas decisões do Banco Central
O cumprimento da meta de inflação é monitorado de perto pelo Banco Central, já que ele é o principal critério para definição da taxa básica de juros, a Selic. Como resultado, há uma expectativa de que o BC comece a reduzir a taxa de juros no primeiro trimestre de 2026.
“Isso permitirá uma desinflação mais acentuada em 12 meses, abrindo espaço para cortes na Selic”, explicou André Valério. Ele também afirmou que, apesar de a tendência apontar para o início dos cortes em janeiro, a cautela do Comitê de Política Monetária (Copom) pode levar a uma decisão de postergar os ajustes para a reunião de março.
O cenário representa um alívio para o mercado, que deve aguardar as próximas divulgações para confirmar a trajetória de queda da inflação e os impacts na política de juros.
Mais informações podem ser acompanhadas no fonte.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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