Índice de atividade econômica registra queda de 0,2% em outubro

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta segunda-feira (15), mostrou uma retração de 0,2% em outubro, na comparação com o mês anterior, após ajuste sazonal. Este foi o segundo mês consecutivo de queda do indicador, cuja última variação positiva ocorreu em agosto, com aumento de 0,4%.

Desempenho setorial em outubro

O setor agropecuário foi o único a registrar crescimento em outubro, com alta de 3,1%. Em contrapartida, a indústria apresentou queda de 0,7% e o setor de serviços recuou 0,2%. Segundo o Banco Central, o índice ainda apontou crescimento de 2,4% na comparação com os dez primeiros meses de 2024 e uma expansão de 2,5% na variação de 12 meses até outubro, ambas sem ajuste sazonal.

Indicadores e comparação com o PIB

O Banco Central destaca que o IBC-Br funciona como uma “prévia do PIB”, embora com uma metodologia diferente da do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB oficial, que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, reflete uma economia que cresce ou encolhe de acordo com o seu desempenho geral. Apesar de o crescimento do PIB indicar uma economia saudável, ele nem sempre representa melhorias no bem-estar social.

Desaceleração da atividade econômica

A expectativa de desaceleração da atividade econômica neste ano já era prevista pelo mercado financeiro e pelo próprio Banco Central, em função do elevado nível da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano – o maior patamar em quase duas décadas. O BC sinalizou que os juros permanecerão nesse nível por um “período bastante prolongado”, com previsão de cortes somente em 2026.

O mercado estima um crescimento do PIB em torno de 2,25% para 2025, contra 3,4% em 2024. O Banco Central reforça que a desaceleração faz parte da estratégia de controle da inflação, considerando o aumento da taxa de juros como ferramenta para conter pressão inflacionária e alcançar a meta de 3% de inflação.

Relação entre PIB e IBC-Br

Embora o IBC-Br seja considerado uma “prévia do PIB”, sua composição é diferente. Ele incorpora estimativas para agropecuária, indústria, serviços e impostos, mas não leva em conta o lado da demanda, que é avaliado na metodologia do IBGE. Este indicador também auxilia na decisão do BC sobre a taxa de juros, já que um maior crescimento pode indicar maior pressão inflacionária.

Perspectivas e próximos passos

O cenário atual indica que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento, mesmo com sinais de desaceleração. O Banco Central mantém o foco no combate à inflação, adotando políticas que, em curto prazo, promovem um ritmo de crescimento mais moderado.

Para saber mais detalhes sobre as projeções e análises, acesse a fonte oficial.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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