Ibovespa e dólar oscilam, com IPCA e ata do Fed no radar
O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, e o dólar oscilam nesta quarta-feira (11), em dia marcado por novo alívio nos rendimentos dos Treasuries, enquanto agentes financeiros aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. No Brasil, investidores reagem a dados que mostraram alta menor do que a esperada do IPCA em setembro.
Às 14h43, o Ibovespa recuava 0,26%, aos 116.432 pontos. O dólar avançava 0,16%, negociado a R$ 5,0649.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, e o dólar oscilam nesta quarta-feira (11), em dia marcado por novo alívio nos rendimentos dos Treasuries, enquanto agentes financeiros aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. No Brasil, investidores reagem a dados que mostraram alta menor do que a esperada do IPCA em setembro.
Às 14h43, o Ibovespa recuava 0,26%, aos 116.432 pontos. O dólar avançava 0,16%, negociado a R$ 5,0649.
Cenário externo
Autoridades do Federal Reserve, incluindo o vice-chair Philip Jefferson, indicaram na segunda-feira que o aumento dos rendimentos dos Treasuries de longo prazo, que influenciam diretamente os custos de financiamento para famílias e empresas, poderia desviar o Fed de novos aumentos em sua taxa básica de curto prazo.
A incerteza em torno da trajetória da economia dos Estados Unidos, incluindo dificuldades em estimar o estado dos mercados financeiros, potenciais choques nos preços do petróleo e o impacto das greves sindicais, levaram autoridades do Federal Reserve a adotar uma postura cautelosa em sua reunião no mês passado, à medida que prosseguia o debate sobre se seriam necessários novos aumentos na taxa básica do banco central, de acordo com a ata do encontro de 19 a 20 de setembro, divulgada nesta quarta-feira.
“A grande maioria dos participantes continuou a julgar a trajetória futura da economia como altamente incerta”, afirmou a ata de uma reunião em que o banco central dos EUA concordou em manter as taxas estáveis, mesmo quando uma maioria de 12 a 7 indicou em novas projeções que mais um ajuste para cima poderá ser necessário até ao final do ano para garantir que a inflação regresse ao objetivo de 2% da Fed.
Investidores ainda mostravam alguma cautela em relação ao conflito no Oriente Médio. Israel bombardeou Gaza durante a noite, antes de um possível ataque terrestre contra o Hamas, em retaliação à invasão de atiradores do grupo islâmico palestino no sábado.
“Se o Irã se envolver e entrar na guerra, o petróleo vai ganhar muita força e o dólar e ouro vão ganhar muito valor. Até então o mercado está acreditando que isso não vai acontecer, mas não é risco a se descartar”, avaliou Izac.
Cenário interno
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em setembro, após alta de 0,23% no mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11). O grupo alimentação influenciou no resultado do indicador.
No acumulado de 12 meses até setembro, o indicador que mede a inflação oficial no país teve alta de 5,19%, contra alta 4,61% do mês anterior.
“Entendemos que a leitura do IPCA de setembro foi mais positiva que a leitura do IPCA-15 e mantém a narrativa de desinflação gradual em comparação às divulgações anteriores de inflação. Para fins de política monetária, o dado de hoje reforça a manutenção do ritmo de corte de juros de 0,50 ponto percentual por reunião”, disse em nota o time de estratégia macro do BTG Pactual.
Muitos participantes no mercado têm pontuado que, se o Copom continuar cortando os juros no ritmo atual, a Selic – atualmente em 12,75%, após dois cortes de 0,50 ponto percentual – ainda continuará em patamar suficientemente restritivo para apoiar a atratividade do real por um bom tempo.
Juros mais altos do Brasil tornam a moeda local interessante para uso em estratégias de “carry trade”, que consistem na tomada de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desse dinheiro em um mercado mais rentável, de forma que se lucra com o diferencial de taxas.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os principais índices de Wall Street avançavam nesta quarta-feira com os rendimentos dos Treasuries de longo prazo ainda em queda, enquanto os investidores ignoravam dados de inflação mais fortes do que o esperado e aguardavam a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
Às 11:17 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,15%, a 33.789,16 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,19%, a 4.366,42 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançava 0,34%, a 13.608,76 pontos.
Ásia e Oceania
As ações da China fecharam em alta nesta quarta-feira, acompanhando os mercados globais após tom mais brando de autoridades do Federal Reserve, enquanto notícias de que Pequim está preparando um novo estímulo para ajudar a atingir a meta oficial de crescimento deste ano impulsionaram o sentimento.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,60%, a 31.936 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,29%, a 17.893 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,12%, a 3.078 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,28%, a 3.667 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,98%, a 2.450 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,92%, a 16.672 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,19%, a 3.192 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,68%, a 7.088 pontos.
Com informações da Reuters
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