Ibovespa avança com apoio do exterior; dólar recua

O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, avança nesta segunda-feira (16), acompanhando o comportamento de outras praças acionárias no exterior, e com a alta do minério de ferro na China. Já o dólar recua ante o real

O dólar recuava frente ao real nos primeiros negócios desta segunda-feira, com a moeda brasileira e vários de seus pares emergentes recebendo impulso do recente salto nos preços das commodities, embora o apetite por risco continue sendo restringido pelas tensões no Oriente Médio.

Às 12h26, o Ibovespa subia 0,67%, aos 116.532 pontos. Já o dólar recuava 0,70%, negociado a R$ 5,0530.

Cotação do dólar hoje
Cotação do Ibovespa hoje
Cotação de criptomoedas hoje

Cenário externo
Eduardo Moutinho, analista de mercados da Ebury, chamou a atenção para a valorização de divisas sensíveis aos preços do petróleo nesta segunda-feira, com destaque para as latino-americanas.

Embora mostrassem leve queda nesta manhã, os preços do petróleo seguiam em patamar elevado após terem disparado na semana passada, com investidores considerando a possibilidade de uma escalada do conflito no Oriente Médio, principal região produtora de petróleo do mundo.

As forças israelenses mantiveram o bombardeio a Gaza nesta segunda-feira, depois que falharam os esforços diplomáticos por um cessar-fogo envolvendo a permissão de saída de portadores de passaportes estrangeiros e entrada de ajuda humanitária ao enclave palestino sitiado.

Enquanto isso, o minério de ferro, outra commodity relevante para a economia do Brasil, encerrou o pregão asiático com alta de 2,86%, no maior valor em três semanas, impulsionado pelo mais recente suporte de liquidez da China.

Apesar do maior apetite por divisas emergentes, operadores continuavam alertando nesta segunda-feira para os riscos geopolíticos, em meio a temores de envolvimento de outros países do Oriente Médio, como o Irã, no conflito entre Israel e Hamas. Isso poderia levar a uma explosão nos preços do petróleo que afetaria a inflação das principais economias, com impacto sobre os ciclos de política monetária dos bancos centrais.

Nesse contexto “discursos das autoridades do Federal Reserve, do BCE e do Banco da Inglaterra podem fornecer algumas informações muito necessárias sobre a visão dos bancos centrais nesta semana”, disse Moutinho, chamando a atenção ainda para a divulgação de dados sobre a indústria dos EUA e a atividade econômica chinesa ao longo dos próximos dias.

Destaques da B3
Vale

A ação VALE3 avançava 1,5%, uma vez que os futuros do minério de ferro se fortaleceram nesta segunda-feira, com o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrando o dia com alta de 2,86%, a 862 iuanes (117,93 dólares) a tonelada métrica, o maior valor desde 25 de setembro.

GPA
O papel PCAR3 subia mais de 15%,, após a companhia anunciar que seu conselho de administração aprovou acordo para a venda da participação restante no Éxito para o Grupo Calleja, de El Salvador. A operação envolve a realização de uma OPA que pode render 790 milhões de reais ao GPA.

Petrobras
O ativo PETR4 recuava 0,50%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent cedia 1,23%, a US$ 89,77.

Bolsas mundiais
Wall Street

Os principais índices de Wall Street abriram em alta nesta segunda-feira, com os investidores aguardando dados econômicos importantes e os resultados corporativos desta semana para obter pistas sobre a economia dos Estados Unidos, enquanto também monitoram o conflito no Oriente Médio.

O Dow Jones Industrial Average subia 0,48%, para 33.832,42 pontos, logo após a abertura.

O S&P 500 tinha alta de 0,34%, para 4.342,37 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhava 0,35%, a 13.453,81 pontos.

Ásia e Oceania
As ações chinesas fecharam em baixa nesta sexta-feira, depois que dados de preços ao consumidor sugeriram que a demanda doméstica ainda está sob pressão, embora os dados de exportação tenham sido melhores do que o esperado.

As ações de Hong Kong também caíram, arrastadas pelas ações de tecnologia.


Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,55%, a 32.315,99 pontos.

Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,33%, a 17.813 pontos.

Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,64%, a 3.088 pontos.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,05%, a 3.663 pontos.

Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,95%, a 2.456 pontos.

Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,26%, a 16.782 pontos.

Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,02%, a 3.185 pontos.

Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,56%, a 7.051 pontos.

Com informações da Reuters

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