Ibovespa atinge recorde histórico com alta e dólar cai para R$ 5,369
O Ibovespa fechou nesta segunda-feira em alta de 0,55%, atingindo a máxima histórica nominal de 146.969 pontos, enquanto o dólar encerrou em queda de 0,42%, cotado a R$ 5,369. Os investidores demonstraram maior apetite por risco, refletindo otimismo tanto com a economia brasileira quanto com sinais positivos das negociações internacionais.
Impulsionadores do dia positivo no mercado brasileiro
Analistas atribuem a valorização do índice ao aumento do apetite ao risco global, resultado das negociações comerciais entre Estados Unidos, China e Brasil. A sinalização de encontros entre líderes como Lula, Trump e Xi Jinping contribui para a expectativa de melhora na relação comercial entre as maiores economias do mundo, o que favorece ativos brasileiros.
Giovanni Bianchi, trader do BR Partners, destacou: “O desempenho é sustentado pelo encontro entre Lula e Trump, além da expectativa pelo encontro entre Trump e Xi Jinping na próxima quinta-feira. Esses diálogos ajudam a aliviar o prêmio de risco e resultam em fluxo comprador para ativos brasileiros.” Ele reforça que um acordo entre Estados Unidos e China pode mitigar o desaquecimento do consumo causado pelas tarifas, elevando resultados de empresas e valorizando commodities.
Maxima intraday e simultânea melhora na aversão a risco
Durante o pregão, o Ibovespa chegou a renovar sua máxima intraday, aos 147.977 pontos, em um cenário de melhora global no apetite a risco. Jerson Zanlorenzi, chefe da mesa de ações do BTG Pactual, atribui o movimento à perspectiva de cortes adicionais de juros pelo Federal Reserve na próxima quarta-feira, o que reforça o ciclo de baixa de juros nos EUA.
Segundo Zanlorenzi, “menos juros nos EUA e a temporada de balanços do terceiro trimestre, que apresenta uma expectativa positiva, colaboram para reduzir o dólar e aumentar o apetite por ativos de risco no Brasil.” Ele também destaca que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos atrai investimentos estrangeiros, aumentando a demanda por ativos locais e contribuindo para a desvalorização cambial.
Inflação menor e cenário favorável
O comportamento do dólar também foi sustentado pela queda do IPCA, a inflação ao consumidor, divulgado na semana passada, que ficou mais próxima do teto da meta de 4,5%. Segundo Marianna Costa, economista-chefe da Mirae Asset, o dado reforça a possibilidade de o IPCA fechar o ano abaixo das expectativas, criando um ambiente de maior tranquilidade para os investidores.
A expectativa de redução da inflação, somada à política de juros baixos nos Estados Unidos, projeta um cenário de menor pressão cambial e mais estabilidade para o mercado brasileiro. Além disso, a busca por aplicações que oferecem maior retorno, diante do ciclo de baixa de juros americanos, anima o mercado de ações e favorece estratégias como o carry trade.
Perspectivas futuras e fatores de influência
Com o Federal Reserve indicando novo corte de juros, aguardado para a próxima quarta-feira, o ciclo de redução continua a impactar positivamente o mercado global e brasileiro. O diferencial de juros elevado no Brasil — atualmente em 15% ao ano, o maior em duas décadas — atrai investidores que buscam maiores rendimentos, ajudando a pressionar a baixa do dólar.
Segundo Zanlorenzi, “o movimento estrutural de baixa do dólar deve se consolidar com os próximos cortes de juros nos EUA. Além disso, o sentimento de melhora na China e nos Estados Unidos reforça essa tendência, refletindo em uma recuperação dos ativos emergentes”, conclui.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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