Hospitais do Rio discutem possível paralisação devido à dívida com a Unimed
As entidades representativas dos hospitais e estabelecimentos de saúde do Estado do Rio de Janeiro, a Federação dos Hospitais (Feherj) e a Associação dos Hospitais (AHERJ), convocaram uma reunião para esta terça-feira, dia 16, com o objetivo de discutir medidas de proteção à rede hospitalar diante do impasse financeiro com a Unimed Ferj. A dívida da cooperativa, estimada em cerca de R$ 2 bilhões, permanece sem solução efetiva, levando os prestadores a avaliarem uma possível suspensão dos atendimentos.
Possível suspensão de atendimentos e impacto na rede de saúde
Segundo Guilherme Jaccoud, presidente da Feherj, a ideia é ouvir os prestadores de serviços, fazer um diagnóstico detalhado da situação de cada hospital e, com o apoio jurídico da entidade, definir estratégias conjuntas. Jaccoud afirmou que a suspensão dos atendimentos aos clientes da cooperativa é uma medida que está sendo considerada, pois os hospitais alegam não receber pelos serviços prestados há mais de uma década.
“A Justiça tem retirado da rede a nossa única arma de negociação, que é a suspensão de atendimento. Os tribunais entendem que não podemos parar. Isso é uma covardia”, afirmou Jaccoud. Ele destacou ainda que a falta de diálogo sobre o pagamento da dívida agravou ainda mais a crise, que começou a se intensificar desde 2016, quando foi assinado o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir o atendimento dos beneficiários.
Histórico e atualidades do conflito
Desde o acordo firmado em 20 de novembro entre a Ferj e a Unimed do Brasil, a gestão de aproximadamente 400 mil beneficiários do Rio foi transferida para a entidade nacional, com o aval da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), buscando resolver a crise de atendimentos, que chegou a afetar até tratamentos oncológicos. Ainda assim, o cenário de instabilidade persiste.
Na última semana, a Unimed do Brasil e a Ferj anunciaram a retomada de atendimentos em seis redes hospitalares, conforme reportado por Letícia Lopes. Contudo, a crise ainda provoca insegurança entre os prestadores, sobretudo após declarações do presidente da AHERJ, Marcus Quintella, de que o problema está longe de ser resolvido.
Risco de desassistência e a situação das prestadoras
Quintella revelou que, desde a assunção da carteira pela Unimed do Brasil, nenhuma reunião foi realizada com o sindicato para tratar da crise. Ele alertou para o risco iminente de interrupção de outros serviços, citando o exemplo da Gamen, empresa de diálise pediátrica que suspendeu os atendimentos devido à falta de pagamento e enfrentando dificuldades com fornecedores.
“Estamos diante de uma situação que pode piorar ainda mais se não encontrar uma saída conjunta”, alertou Quintella, reforçando a necessidade de uma estratégia que proteja os direitos dos prestadores e dos pacientes.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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