Honda HR-V 2026 mantém o visual conservador e entrega bom desempenho

O Honda HR-V 2026 chega ao mercado com mudanças estéticas mínimas, reforçando sua proposta de conservadorismo e objetividade. Em testes realizados pelas ruas de São Paulo e rodovias do interior paulista, o SUV mostrou-se uma opção equilibrada para quem valoriza desempenho e estilo discreto.

Conservadorismo inteligente e destaque no mercado de SUVs

Desde seu lançamento, o HR-V mantém uma boa posição no ranking de vendas, sendo o quarto SUV mais vendido no Brasil entre janeiro e julho de 2025, atrás de modelos como Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta e Toyota Corolla Cross. Apesar de concorrentes oferecerem preços mais acessíveis ou maior tecnologia, o carro da Honda conquistou seu espaço por sua aparência esportiva e dirigibilidade confortável.

As mudanças na versão 2026 foram sutis: a grade frontal ganhou acabamento em preto brilhante na versão Touring, as setas passaram a indicar direção de curva sequencial e o conjunto traseiro foi atualizado com iluminação total em LED. A traseira com estilo cupê e a posição de dirigir mais baixa proporcionam sensação de esportividade, semelhante à de um Civic, agradando quem busca um visual arrojado.

Desempenho e tecnologia a caminho do batalhão de elite

O motor 1.5 turbo do HR-V oferece 177 cv de potência, quase alcançando o motor 1.6 turbo do Hyundai Creta, que entrega 193 cv. Apesar de o Creta ser ligeiramente mais potente e acelerar de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos, o HR-V oferece uma experiência mais envolvente devido à combinação do turbo, trocas manuais no volante e uma posição de condução mais baixa, similar ao Civic.

Durante o percurso de aproximadamente 600 km, o carro mostrou bom desempenho tanto na cidade quanto na estrada. A suspensão se comportou bem em curvas, garantindo segurança, enquanto o motor garantiu acelerações e retomadas com facilidade.

Críticas à tecnologia e pontos negativos

Apesar do bom desempenho, o HR-V apresenta algumas limitações tecnológicas. O sistema de assistência à condução, por exemplo, funciona bem, mas pode desacelerar o veículo de forma brusca ao identificar situações de saída de rotina, como uma curva ou mudança de faixa. Essa resposta insegura, principalmente em velocidades acima de 60 km/h, levou a alguns desconfianças por parte dos testadores.

O assistente de permanência em faixa também apresenta dificuldades abaixo de 72 km/h, sendo desativado sem aviso sonoro, o que dificulta seu uso em trechos urbanos. Além disso, o sistema de alerta de ponto cego, que funciona apenas do lado direito, exibe a câmera na tela da central multimídia de forma automática ao acionar a seta, ocupando toda a navegação, o que pode ser inconveniente ao dirigir em trechos mais desconhecidos.

Espaço interno e outros pontos de destaque

Outro ponto que pode desagradar quem precisa de maior capacidade para transporte de malas é o porta-malas, com apenas 354 litros, menor do que os principais concorrentes. O Volkswagen T-Cross, por exemplo, oferece 373 litros, enquanto Hyundai Creta e Toyota Corolla Cross contam com 422 e 440 litros, respectivamente.

O interior mantém uma aparência moderna, com foco na dirigibilidade esportiva e bom equilíbrio de condução. O câmbio automático elevado, combinado ao motor turbo e às trocas manuais no volante, proporciona sensação diferenciada ao volante, um ponto positivo para os entusiastas.

Vale a pena o Honda HR-V 2026?

Embora o HR-V continue oferecendo uma condução competente, seu pacote tecnológico ainda deixa a desejar frente à concorrência, que apresenta SUVs híbridos mais potentes e com maior economia de combustível, como o Haval H6 One e o BYD Song Pro. Estes oferecem mais tecnologia, performance e menor consumo, além de preços competitivos.

Se o objetivo é um SUV com visual esportivo, bom desempenho mecânico e uma condução mais próxima do estilo Civic, o HR-V ainda é uma alternativa sólida. No entanto, para quem prioriza tecnologia avançada e espaço de armazenamento, opções mais completas podem ser mais indicadas.

Para mais detalhes, confira a análise completa no fonte.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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