Haddad pode deixar o Ministério da Fazenda para integrar campanha de Lula em 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou em entrevista ao GLOBO que pode deixar o cargo para atuar na campanha de reeleição do presidente Lula em 2026. A possibilidade levanta questões sobre a condução da política econômica caso Haddad deixe a pasta, cuja relação próxima com o presidente Lula é considerada insubstituível.

Quem pode assumir a Fazenda após Haddad?

A saída mais provável é a de Dario Durigan, atual secretário-executivo do ministério, que vem sendo preparado para substituir Haddad. Embora Durigan seja um quadro técnico competente, Haddad possui uma relação única com Lula, construída ao longo de anos, que facilitaria negociações e aprovações de propostas técnicas, muitas vezes impopulares.

Incertezas na condução da política econômica em 2026

O cargo de Haddad é considerado estratégico, especialmente pelo seu acesso direto ao presidente Lula. Sua saída pode impactar a articulação entre o governo e o Congresso, principalmente devido à relação especial que mantém com o mandatário. A ligação entre a Fazenda e o Palácio é vista como fundamental para aprovar medidas necessárias, mesmo diante de resistências políticas.

Desafios com o Congresso e dificuldades na relação política

Haddad admitiu que a relação com o Congresso tem ficado mais difícil, sobretudo devido ao controle do Orçamento pelas lideranças parlamentares e às reações à política econômica. Ele destacou que o relacionamento com a Câmara, atualmente, é mais complicado do que na época da liderança de Arthur Lira, e não criticou Hugo Motta, apenas destacou o aumento da resistência parlamentar.

Estatais e ajuste fiscal

O ministro ressaltou a necessidade de reestruturar as Correios e a estatal Eletronuclear, que demandam aportes do Tesouro. Segundo Haddad, será preciso uma “reinvenção” dos Correios, assim como ocorreu globalmente com empresas responsáveis por serviços postais universais, oferecendo novos serviços, como seguros e previdência.

Impacto na política monetária e juros

Haddad também abordou a postura do Banco Central, que mantém a taxa de juros em 15% ao ano, e afirmou que o BC faz uma leitura conservadora da conjuntura econômica. Ele elogiou o trabalho do presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, destacando a implementação de 17 medidas que reorganizaram o setor de fintechs.

Perspectivas futuras e próximos passos

Embora não tenha defendido publicamente sua permanência na Fazenda, Haddad sinalizou que suas possíveis mudanças poderão alterar o cenário político-econômico de 2026. A expectativa é de que o governo anuncie nos próximos meses as indicações para a diretoria do Banco Central, que serão feitas com base em critérios técnicos.

Para mais detalhes sobre o futuro de Haddad na política e os desdobramentos econômicos, acesse o artigo completo no Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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