Greenwashing: o que é e como combater essa prática enganosa

No contexto atual, a sustentabilidade deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência do mercado. Empresas de todos os setores investem em ações ambientais, sociais e de governança (ESG), mas o crescimento dessas iniciativas trouxe também o aumento das práticas de greenwashing, ou lavagem verde. Essa prática consiste em transmitir uma imagem de responsabilidade ambiental que não condiz com a real atuação da companhia, ameaçando sua reputação e credibilidade.

O que é greenwashing e seus riscos

O termo greenwashing surge da combinação das palavras “green” (verde) e “whitewash” (dissimular). Ou seja, trata-se de ações que mascaram impactos ambientais reais, seja por meio de campanhas exageradas, afirmações vagas ou omissão de informações relevantes. Segundo a Pesquisa Global com Investidores 2023 da PwC, 98% dos investidores brasileiros percebem a presença de greenwashing em relatórios de sustentabilidade das empresas nacionais, refletindo a preocupação crescente com a autenticidade das ações.

Casos comuns envolvem empresas de moda que lançam coleções “eco-friendly” usando tecidos reciclados, enquanto continuam com práticas como exploração de mão de obra ou descarte excessivo de resíduos. Essas ações, muitas vezes, visam apenas a aparência de responsabilidade, sem mudanças substantivas na cadeia produtiva. A prática pode gerar sanções legais, perda de confiança de consumidores e investidores, além de prejudicar a reputação de longo prazo.

Sinais para identificar o greenwashing

Alguns elementos podem indicar uma prática de greenwashing disfarçada de sustentabilidade:

  • Falta de dados ou certificações reconhecidas, como selos verdes ou relatórios auditados;
  • Comunicação vaga, com uso de termos como “natural” ou “ecológico” sem respaldo técnico;
  • Inconsistências entre ações promocionais e os práticas internas da empresa;
  • Foco apenas na imagem de produtos verdes, ignorando os impactos dos processos.

Boas práticas para evitar o greenwashing

Para fortalecer a credibilidade e a autenticidade nas ações de sustentabilidade, as empresas devem adotar estratégias que integrem o ESG à sua cultura e operações:

Seja transparente e mensurável

Divulgue dados claros e verificáveis sobre metas, indicadores e resultados, usando relatórios de sustentabilidade reconhecidos internacionalmente, como o GRI ou o SASB. A transparência é fundamental para demonstrar compromisso real.

Comunique com responsabilidade

Evite promessas vagas ou exageradas. A comunicação deve refletir ações concretas e resultados verificáveis, evitando palavras de efeito que não tenham respaldo na prática.

Engaje lideranças e equipes

A cultura de sustentabilidade deve estar presente na alta gestão e na rotina dos colaboradores. Quando a liderança incorpora o ESG, a prática se torna mais sólida e menos suscetível a ações superficiais.

Invista na governança ESG

Estruture políticas, comitês e processos de verificação interna. Uma governança bem consolidada garante coerência entre o discurso e a prática, além de prevenir o greenwashing.

Priorize a evolução contínua

Nenhuma organização é perfeita em sustentabilidade. Reconhecer limitações e mostrar o empenho em melhorar constantemente reforça a transparência e a credibilidade.

Conclusão: sustentabilidade autêntica e confiável

Num cenário em que a confiança de consumidores e investidores é cada vez mais relevante, atuar de forma verdadeira e transparente no ESG é um diferencial competitivo. Empresas que priorizarem a responsabilidade real e a melhoria contínua estarão na frente na construção de um futuro mais sustentável e confiável.

Para saber mais sobre práticas de sustentabilidade e combater o greenwashing, acesse o artigo completo na fonte oficial.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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