Governo de Goiás cria linha de crédito para empresas afetadas por tarifa de Trump

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou nesta terça-feira a criação de uma linha de crédito emergencial para empresas do estado, em reação ao tarifaço anunciado pelos Estados Unidos, que entra em vigor em 1º de agosto. A iniciativa busca proteger o setor exportador goiano, especialmente o agroindustrial, de prejuízos causados pela sobretaxa de 50% sobre commodities como soja, carne e produtos do aço.

Criação de linha de crédito com taxas inferiores ao mercado

Segundo a assessoria do governo, a nova linha de crédito terá taxas de juros inferiores a 10% ao ano — pelo menos três pontos percentuais abaixo dos atuais programas federais, como o BNDES, Plano Safra e fundos constitucionais. Além disso, não haverá aporte de recursos públicos na iniciativa, que visa facilitar o acesso ao crédito por parte das empresas.

“Precisamos reagir com firmeza e responsabilidade. Como o governo federal não apresenta uma resposta concreta, determinei a abertura de uma linha de crédito com condições diferenciadas para proteger a economia goiana”, afirmou Caiado em vídeo divulgado pelas redes sociais.

Medidas adicionais e avaliação de novas ações

Um grupo de trabalho será criado com representantes do governo e empresários para avaliar medidas complementares que possam ser adotadas. O escopo da iniciativa deve ser definido nesta terça-feira, em reunião prevista com empresários e integrantes do governo goiano.

Exigências e apoio ao setor

Para acessar o crédito, as empresas deverão manter os empregos durante o período de usufruto da linha. Além disso, está em estudo a criação de um fundo de garantia destinado a pequenos e médios empresários, com o objetivo de ampliar a oferta de crédito na iniciativa privada e reduzir o impacto econômico da sobretaxa americana.

Respostas do governo federal e possibilidades futuras

Enquanto isso, o governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também trabalha em alternativas para mitigar os efeitos do tarifão dos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou a possibilidade de um “plano de contingência”, que pode incluir linhas de crédito emergenciais e fundos específicos para setores mais atingidos.

Especialistas avaliam que a criação de medidas de apoio financeiro é fundamental para evitar que o impacto da tarifa prejudique significativamente a recuperação econômica do Brasil. Conforme análises do mercado, estratégias como essas podem contribuir para a manutenção do emprego e estimular a retomada do crescimento nos setores mais vulneráveis.

O anúncio oficial da medida deve ser realizado em breve, com detalhes sobre a implementação e critérios de elegibilidade. A expectativa é que as ações adotadas possam minimizar os efeitos econômicos da sobretaxa dos Estados Unidos para as empresas goianas e brasileiras.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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